No salão nobre da Alfândega do Porto, a empresa de Felgueiras surpreendeu com modelos de calçado feitos a partir de materiais produzidos a partir de desperdícios, reforçando a visão industrial e social mais ecológica, circular e sustentável.

“A borracha é a nossa especialidade e, com o tempo, fomos descobrindo que era possível pegar nos polímeros e reaproveitá-los. A Bolflex  desaproveitava 150 toneladas de matéria-prima; depois de muito esforço descobrimos que era possível reaproveitar esse desperdício e torna-lo no processo de fabrico”, explicou o diretor-geral e fundador, António Ferreira.

O Grupo Bolflex desenvolveu uma nova gama de produtos.  Estes produtos como o E-Rubber® e o R-Skin® têm como base uma tecnologia de desvulcanização patenteada e ímpar na Europa, gerando na sua base, um produto similar a uma borracha virgem que volta a ser reintroduzida no processo de fabrico

De Espanha ou Inglaterra também chegam desperdícios que são tratados, ganhando vida em novos produtos. E, no Portugal Fashion, viu-se o resultado em calçado confortável com materiais produzidos pela Bolflex.

Aos desperdícios pode ser “incorporado borras café, palha, cortiça, folhas, lonas velhas e tudo o que se possa imaginar”, até  porque, segundo o responsável, “o limite é o céu”. “Eu e a minha equipa estamos com muita coragem e ainda temos muito para dar. Aliás, já tratamos sapatos velhos em fim de vida, o que é uma novidade fantástica”, acrescentou, garantindo que “a procura é muita”.

O Grupo Bolflex

O Grupo Bolflex, composto pela Bolflex, empresa mãe, a Rubberlink, empresa de reciclados, e a My Pooch, empresa de acessórios de moda, tem como objetivo fazer parte de um movimento de mudança mais vasto, abrangendo novos comportamentos e metodologias, de modo a  orientar as mentalidades para uma maior
responsabilidade ambiental e social.
Para a Bolflex o futuro tem de ser feito com  pisadas sólidas, sustentadas e sustentáveis.