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China vs EUA: quem ganha?

China vs EUA: quem ganha?

15 Out, 2018

As duas maiores potencias económicas mundiais parecem estar, literalmente, de «costas votadas». Recentemente, os dois países impuseram novos regimes tarifários que podem gerar um impacto económico na ordem dos 16 mil milhões de dólares.

Por ordem do presidente norte-americano, desde o início de julho que vigora uma nova imposição alfandegária sobre importações chinesas no valor de 34 mil milhões de dólares (aproximadamente 29 mil milhões de euros). A China respondeu, de ponto, na mesma moeda.

Em abril deste ano, de forma a suster uma  guerra comercial eminente, que se fazia anunciar - o líder chines Xi Jinping, anunciou para “uma nova política de abertura económica”, acompanhada de descidas nas taxas aduaneiras. Ainda que não tenha referido diretamente a economia americana, o presidente chinês deixou claras críticas à política protecionista protagonizada pelo governo de Donald Trump, e deixou avisos para ‘mentalidades da Guerra Fria’.

No entanto, em julho, o presidente dos EUA decidiu «avançar» contra a China. Desde o início desse mês, os dois países já impuseram taxas alfandegárias a um conjunto de produtos avaliado em cerca de 100 milhões de dólares (€85 mil milhões de euros). A lista de produtos taxados levou a China a apresentar, formalmente, uma queixa na Organização Mundial de Comércio (OMC).
 

Ação, reação, retaliação

A reação do gigante asiático não se fez esperar.  “A China prometeu não fazer o primeiro ‘disparo’, mas para defender os interesses fundamentais do país e da sua população, é forçada a contra-atacar”, referiu o ministério do comércio chinês, em comunicado.  No total, 106 produtos (soja, automóveis, sumo de laranja) irão sofrer um imposto de importação de 25%.

A adopção de medidas protecionistas e a imposição de taxas - sobre o alumínio e aço por exemplo - foram uma das primeiras ações de Donald Trump, naquela que é já considerada a nova guerra comercial do Século XXI: primeiro à União Europeia, depois ao México, ao Canadá, ao Japão e ao Brasil…mas o presidente nunca escondeu que o principal alvo era a China.

Trump acusa o país asiático de impor práticas comercias ‘desleais’ e de aplicar taxas demasiado altas sobre alguns produtos americanos. Adicionalmente, o país do ‘tio Sam’ acredita que Pequim está a utilizar tecnologia americana – subvertendo todas as regras de propriedade intelectual - para comercializar mais facilmente os seus produtos e, dessa forma, desequilibrar a balança comercial em seu proveito.

Quem sai a perder?

Neste escalar de polémica e de medidas protecionistas, qual dos dois países ficará, mais, a perder? De acordo com as projeções da Fitch, os EUA estarão a pôr um travão de 0,8% no crescimento económico, enquanto a China só deverá desacelerar 0,3%.

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