Nos céus do Médio Oriente
Os números não deixam margem para dúvidas: três contratos no valor de 1,3 milhões de euros para calçar a tripulação de cabine, os pilotos e o pessoal de terra das companhias aéreas Royal Jordanian Airlines, Air Arabia e FlyDubai. É este o futuro próximo da Skypro.
“A Skypro vai fornecer oito mil pares de sapatos para três companhias aéreas”, explica Jorge Pinto, fundador da Skypro, em declarações ao ECO. “O contrato com a FlyDubai tem o valor de 700 mil euros, o da Air Arabia 350 mil e o da Royal Jordanian Airlines cerca de 200 mil euros”.
Além disso, o porta-voz adianta que a empresa está “envolvida num concurso com montantes muito significativos” para vestir os profissionais do aeroporto do Dubai e noutro para fornecer o handling da Dnata, a Agência Nacional de Viagens Aéreas do Dubai.
Desde o final do ano passado que a empresa veste os pilotos da companhia Emirates e fornece, todos os anos, 80 mil pares de sapatos para a Qatar Airways.
A Skypro, fundada em 2004, é especializada na produção de em uniformes e calçado profissional. Com escritório no Dubai desde 2022, Jorge Pinto admite que a “filial do Dubai está extremamente ativa. Estamos a aumentar o número de participações em concursos e o facto de termos um escritório local permite que a empresa trabalhe com as potenciais clientes”, nota o gestor.
Nos céus de todo o mundo
A Skypro tem como principais clientes a Emirates, a NetJets, a Norse Atlantic Airways ou a Royal Air Maroc. Não é só no Médio Oriente que a empresa tem investido. O objetivo é calçar tripulações de todo o mundo.
Nos céus de todo o mundo
A Skypro tem como principais clientes a Emirates, a NetJets, a Norse Atlantic Airways ou a Royal Air Maroc. Não é só no Médio Oriente que a empresa tem investido. O objetivo é calçar tripulações de todo o mundo.
Jorge Pinto admite que a empresa foi responsável pelo “primeiro sapato do mundo certificado para a indústria da aviação”, e assegura que “hoje é um produto de referência para as companhias aéreas”.
Em Portugal, a Skypro tem como principais clientes a TAP (calçado, cintos, luvas e carteiras), a SATA, a Hi Fly e ainda a NetJets em Oeiras.
No próximo ano, Jorge Pinto admite ao ECO que planeia abrir escritórios na Alemanha e França e explica que “são os mercados que têm empresas com mais de mil trabalhadores”, precisamente a dimensão que procura fornecer.
Além do setor da aviação, a Skypro fornece companhias de cruzeiro, hotéis e até mesmo a polícia sueca. “Estamos muito focados em não depender apenas do setor da aviação, a cesta onde tínhamos todos os ovos antes da pandemia. Isso criou-nos bastantes dificuldades”.
Com a sustentabilidade em cima de mesa, Jorge Pinto admite que “a partir de 2026, a Skypro só vai vender uniformes aos clientes que os aceitarem devolver para serem reciclados”. Além disso, a empresa afirma ser a “primeira empresa do mundo [deste segmento] a entregar publicamente um relatório de sustentabilidade. Não conhecemos nenhuma PME na área dos uniformes que tenha entregado este relatório”.
A Skypro emprega 32 pessoas, fatura 8,7 milhões. A empresa portuguesa produz anualmente mais de 130 mil pares de sapatos e meio milhão de peças de vestuário para mais de 40 clientes. Além da sede em Ermesinde, e no Dubai, a empresa tem escritórios em Oeiras e em Atlanta. “