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Indústria italiana de calçado em queda

Indústria italiana de calçado em queda

8 Jul, 2020

Exportações italianas de calçado caem mais de 30%


A pandemia de Covid-19 teve repercussões graves na indústria italiana de calçado, que registou uma queda acentuada nas exportações e nas vendas internas. Em março, as exportações italianas de calçado caíram 33,7% em quantidade e 30% em valor. Dentro de portas, o consumo interno de calçado caiu 29,7% em volume e 33,7% em valor.

“Os números confirmam a tendência negativa provocada pelo impacto da pandemia na indústria de calçado italiana”, afirma o presidente da Assocalzaturifici, SiroBadon. "No primeiro trimestre do ano, as empresas sofreram uma queda média nas vendas de 38,4%, e estima-se que a indústria tenha perdido 1,7 mil milhões de euros”.

Nos primeiros três meses do ano, foram exportados 52,7 milhões de pares de sapatos, uma quebra de 14,7% em relação ao período homólogo do ano anterior. Em valor, a quebra é menos expressiva e situa-se nos 9,2%.

Em termos geográficos destaque para a queda significativa das vendas na UE (considerando 27 países este ano, após o Brexit) Nos mercados da UE as vendas caíram 12,6% em volume e 8,2% em valor, enquanto as exportações para fora da UE encolheram ainda mais, 18,2% em quantidade e 10,1% em valor.

As exportações caíram em todos os mercados, com poucas exceções: o único dos 15 principais destinos de exportações italianas de calçado a crescer em volume foi a Polônia. A Coreia do Sul registou um crescimento de 17,2% em termos de valor, limitando as perdas em termos de quantidade para 2,7%. As exportações para a Alemanha, que já revelaram uma tendência negativa em 2019, caíram 6,1% em quantidade e 3,3% em termos de valor. As exportações para a China e Hong Kong caíram acentuadamente (-23% em termos de quantidade para ambos), enquanto a queda no número de pares exportados para os países CIS foi semelhante (-23,4%). Os EUA também tiveram um baixo desempenho (-15,2%). As exportações para a Suíça e França caíram mais de 20% em volume.

“A situação foi crítica pela combinação de vários fatores: por um lado a impossibilidade de trabalhar durante a emergência médica, combinada com a queda da procura das famílias, a interrupção das vendas  de retalho físico em março e abril, além de uma tendência generalizada para fazer compras cautelosas. Tentamos combater os efeitos dessa desaceleração através de um diálogo intenso com instituições nacionais, solicitando o reforço dos apoios governamentais. É essencial que o Governo possa financiar as empresas italianas que participam em feiras internacionais, por exemplo. No entanto, parte desse financiamento deve assumir a forma de doações não reembolsáveis, uma vez que é a única forma de as pequenas e médias empresas voltarem a operar nos mercados mundiais”.

Reforço das vendas online
Dentro de portas, o consumo caiu em todas as categorias de calçado, com uma queda de mais de 30% em valor e volume.
Apesar da desaceleração do mercado italiano, há a destacar um crescimento das compras online. De acordo com a empresa Sita Ricerca, as vendas online na indústria da moda cresceram 14% em valor no primeiro trimestre do ano.


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