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Portugal sai da lista verde do Reino Unido

Portugal sai da lista verde do Reino Unido

4 Jun, 2021

Governo britânico coloca Portugal na lista amarela


Poucos dias depois de entrar na lista verde do Reino Unido de países seguros para viajar, Portugal volta a sair. O país entra diretamente na 'lista amarela', o que significa que, para viajarem para cá, além do teste antes da partida, os britânicos voltam a ser testados mais duas vezes no regresso ao Reino Unido: no segundo e no oitavo dia após as férias. Além disso, devem ficar em quarentena em casa ou num hotel durante dez dias.

Segundo o Ministério dos Transportes britânicos, Portugal passa para a “lista amarela” para "salvaguardar a saúde pública contra as variantes preocupantes" e proteger o programa de vacinação britânico.

Em comunicado, o Governo britânico refere que, de acordo com a base de dados europeia GISAID, foram identificados em Portugal 68 casos da variante Delta (B1.617.2, identificada pela primeira vez na Índia), "incluindo alguns casos da variante Delta com uma mutação adicional, potencialmente nociva”.

Esta evolução e a ameaça de uma terceira vaga da pandemia estão a colocar pressão no primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, que previa eliminar em 21 de junho todas as restrições que ainda restam do confinamento decretado em janeiro.
“Estamos a chegar a um momento difícil de decisão sobre ir mais longe no dia 21 de junho, e esse será um momento importante para o país. Espero que as pessoas percebam que uma abordagem de segurança em primeiro lugar nesta altura é o mais acertado”, defendeu Robert Jenrick.

O ministro da Habitação britânico acredita que esta é uma "abordagem ultra cautelosa" de despromover Portugal da “lista verde” de viagens para a “lista amarela” enquanto é avaliado o risco de uma mutação da variante Delta do coronavírus.
“Há em Portugal evidências crescentes de uma mutação adicional, que ficou conhecida como a variante do Nepal. E como ainda não sabemos se isso será um problema, é aconselhável adotar uma abordagem ultra cautelosa, enquanto os nossos cientistas analisam os dados, veem quais são as suas características e, acima de tudo, se as nossas vacinas são eficazes”, afirmou Robert Jenrick, de acordo com a Lusa.

Portugal não pode ser prejudicado por ser transparente
O Ministro dos Negócios Estrangeiros considera esta decisão surpreendente. Augusto Santos Silva admitiu ficar surpreendido com a decisão do Reino Unido de retirar Portugal da lista verde dos países considerados seguros para viajar. Em entrevista à TSF, o ministro considera que Portugal não pode ser prejudicado por ser transparente.

"Esta decisão britânica tem uma lógica que me escapa. E não só me escapa a mim, escapa a todos os peritos científicos que se têm pronunciado. Nós não podemos aceitar ser prejudicados por sermos transparentes. Não podemos aceitar ser prejudicados por sermos honestos. Não podemos aceitar ser prejudicados por estarmos a acompanhar com toda a atenção a evolução da pandemia, pelo contrário, deveríamos ser valorizados por isso, como somos, aliás, em toda a Europa".

"Infelizmente, o Reino Unido está, num certo sentido, em contramão em relação a todo o esforço que na União Europeia nós estamos a fazer para ir abrindo o turismo, ir permitindo a circulação das pessoas, com base no certificado digital", admitiu Santos Silva.

“Fiquei muito surpreendido quer pelo intempestivo da decisão - que me parece profundamente precipitada - quer pela falta de fundamentação. Portanto, fundamentar uma decisão na base de uma taxa de positividade bem inferior ao limite mínimo definido pela autoridade europeia e justificar uma decisão com base na presença de 12 casos de uma mutação da variante indiana em Portugal, quando essa variante indiana é, como nós sabemos, predominante no Reino Unido, parece-me de uma falta de lógica absoluta".

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