APICCAPSAPICCAPSAPICCAPS
Facebook Portuguese Shoes APICCAPSYoutube Portuguese ShoesAPICCAPS

Países europeus proíbem uso de máscaras comunitárias

Países europeus proíbem uso de máscaras comunitárias

27 Jan, 2021

França, Alemanha e Áustria recomendam uso de máscaras cirúrgicas e FFP2


"Peço às pessoas que levem isso a sério. De outra forma, será difícil evitar uma terceira onda". As palavras são da chanceler alemã, Angela Merkel. O Governo alemão proibiu o uso de máscaras comunitárias na via pública e exigiu que todas as pessoas usem as máscaras FFP1 ou FFP2 durante o transporte público, nos locais de trabalho e nas lojas. 

Mas não é caso único. A Áustria adotou uma decisão no mesmo sentido, proibindo as máscaras comunitárias e impondo o uso de máscaras FFP2 nos transportes públicos e nas lojas.

O Centro Europeu para Controle e Prevenção de Doenças (ECDC) deixou um alerta para as novas variantes do coronavírus, que podem causar mais hospitalizações e mortes em toda a Europa, exortando os países a começar a tomar medidas extras imediatamente.


França segue o exemplo
França seguiu o exemplo da Alemanha e da Áustria e anunciou a proibição do uso de máscaras 'sociais' na via pública. De acordo com o Ministério da Saúde francês, as máscaras feitas em casa não têm proteção suficiente contra as mutações, mais contagiosas, do SARS-Cov-2. Assim, apenas são permitidas as máscaras cirúrgicas e as FFP2.


“O Alto Conselho de Saúde Pública recomenda, tal como eu, que os franceses não utilizem máscaras feitas em casa, uma vez que não oferecem proteção suficiente contra as novas, mais infecciosas, variantes de covid-19”” , afirmou o ministro da Saúde francês, Olivier Véran. O decreto com a nova norma foi emitido na sexta-feira.

Este tipo de proteção individual ganhou muito espaço, uma vez que são laváveis e reutilizáveis. Mas esta não é uma decisão unânime em França. Segundo noticia o Expresso, a Academia Francesa de Medicina acredita “faltam provas científicas que demonstrem uma menor eficácia das máscaras caseiras, caso sejam usadas corretamente”.

Pelo contrário, o Instituto Pasteur garantiu que as “máscaras de categoria 2 ou de tecido filtram apenas 70%, enquanto máscaras de categoria 1, como máscaras cirúrgicas, podem chegar a 95% se usadas corretamente. Como a variante é mais facilmente transmitida, é lógico: usar máscaras com o maior poder de filtragem ”.

Naturalmente que este decreto agora publicado traz outro tipo de problemas, nomeadamente no que diz respeito à sua implementação. “Não acredito que a polícia vá perguntar às pessoas o nível de proteção das máscaras que utilizam”, afirmou um porta-voz do primeiro-ministro francês.


Portugal deve seguir o exemplo?
Em Portugal, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) acredita que sim. Em comunicado, a sociedade defende que a Direção-Geral da Saúde deveria seguir o exemplo de outros países europeus e impor o uso de máscaras cirúrgicas em todos os locais.

"Deve ser considerada a obrigatoriedade de uso de máscaras cirúrgicas, podendo ser considerado, apenas em alternativa, o uso de máscaras comunitárias certificadas que, cumprindo os critérios de filtração de partículas, respirabilidade e boa adesão à face e nariz, conferem uma proteção comparável".

De acordo com a SPP, "nos contextos de maior risco, nomeadamente os cuidadores de doentes ou famílias com elementos infetados por COVID-19, ou situações associadas a maior aerossolização e disseminação de gotículas respiratórias, deverá ser equacionado o uso de máscaras FFP-2".

"O uso de máscara não substituiu as restantes medidas e o distanciamento físico, desinfeção e adequada ventilação dos espaços fechados são igualmente fundamentais."

As máscaras comunitárias foram um dos grandes ativos na primeira fase do confinamento e uma forma de distração para muitos. Por todo o país foram criados movimentos solidários para a produção destes materiais. Mas ao que tudo indica, o seu uso deverá - agora - ser evitado em locais com elevada aglomeração de pessoas. 

Partilhar:

Últimas Notícias