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Perderam-se 110 mil postos de trabalho devido à pandemia

Perderam-se 110 mil postos de trabalho devido à pandemia

16 Dez, 2020

Inquérito Sinais Vitais


A pandemia já provocou cerca de 110 mil despedimentos. As conclusões são do inquérito Sinais Vitais promovido pela CIP e pelo ISCTE. A Confederação Empresarial de Portugal, defende que é importante garantir que as novas medidas lançadas pelo executivo surtem o efeito necessário.

"Com a pandemia, já se perderam cerca de 110 mil postos de trabalho. Teria sido possível evitar algumas dessas falências e algumas perdas de postos de trabalho, ou até de muitos deles" afirmou António Saraiva, na apresentação do novo inquérito. Para o presidente da CIP, a atuação do Governo devia ter sido executada mais cedo. “Se o Executivo tivesse avançado com algumas das propostas apresentadas pela CIP em abril e maio, algumas empresas e empregos teriam sido salvos. As medidas agora anunciadas teriam tido um efeito mais benéfico (se tivessem sido adotadas nessa altura)”.
A maioria (74%) das empresas inquiridas acredita que vai manter os postos de trabalho, e 14% acredita reduzir o número de trabalhadores (14%). Pelo contrário, 12% esperam aumentar esse número até março do próximo ano.  
As empresas portuguesas, mais concretamente 83% das inquiridas pela CIP, consideram os apoios do Estado aquém ou muito aquém das suas necessidades. No entanto, são as pequenas e micro empresas quem mais se ressente neste cenário. Para o líder associativo, “as empresas querem ver apoios no terreno e não apenas anúncios. Não chega fazer anúncio atrás de anúncio. Há que concretizar, executar", diz António Saraiva.
“O Governo não pode ficar à espera de fundos comunitários para atuar. O Presidente da CIP acredita que as novas medidas devem obedecer a três critérios essenciais: "rapidez, proporcionalidade e racionalidade". "E rápidas é coisa que as medidas não têm sido quando a economia tem regras que não se compadecem com esta morosidade”.
António Saraiva destaca ainda o ´cansaço das empresas´, decorrente do compasso de espero pela chegada das medidas ao terreno
Investimento
No que diz respeito ao investimento, o cenário mantém-se. No universo das micro empresas, apenas 17% prevê aumentar o investimento no próximo ano comparativamente a 2019. "Nas empresas que pensam diminuir o investimento o valor da diminuição passa de 53% para 55% e nas que pensam aumentar o investimento, o acréscimo diminui de 38% para 28%", pode ler-se no relatório.
Vendas
Na área das vendas,  comparando o passado mês novembro com o de 2019, a queda é um problema comum a todas as empresas. No entanto, apesar de 47% das grandes empresas registarem quedas nas vendas, 36% referem subidas. Nas micro são 60% que reportam quedas e só 11% a apontar para crescimentos.
Financiamento bancário
Outros dados deste estudo mostram que entre novembro e dezembro, o número de empresas que pediu financiamento bancário subiu de 44% para 46%, enquanto o número de empresas que ainda não receberam esse financiamento saltou de de 8% para 11%.
O futuro
O pessimismo parece ser um denominador comum na maioria das empresas, principalmente nas mais pequenas. De acordo com o inquérito,  56% das micro empresas esperam um diminuição das vendas nos próximos quatro meses, e 8%  acredita numa evolução positiva e as 36% que apostam na manutenção.

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