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Moda portuguesa mostra-se na Suécia

Moda portuguesa mostra-se na Suécia

20 Abr, 2022

Showcase Portugal, dia 28 de abril, em Estocolmo


Mais de 10 000 empresas, responsáveis por 150 mil postos de trabalho, sediadas a Norte, num raio de 50 quilómetros quadrados da cidade do Porto, fazem do cluster da moda em Portugal um exemplo na Europa.

Com efeito, todos os anos saem de Portugal para o mundo mais de 7 mil milhões de euros de exportação em têxteis e vestuário, calçado e ourivesaria. O país quer agora ser uma grande referência internacional ao nível do desenvolvimento de soluções sustentáveis. Para isso, investirá, em conjunto, mais de 200 milhões de euros nos três próximos anos.

Apresentar a oferta portuguesa de forma integrada e as suas mais recentes inovações será o objetivo da ação “Showcase Portugal” promovida pela APICCAPS e AICEP Portugal Global, em parceria com ANIVEC, AORP, ATP, CENIT e PortugalFoods e que ocorrerá a 28 de abril, em Estocolmo na Suécia, e que conta com o apoio do Programa Compete 2020.

O evento, que junta as instituições do setor, consistirá na realização de uma mesa-redonda moderada por Helena Waker, da Nordic Fashion Association, com os contributos de Ana Tavares (CITEVE), Fátima Santos (AORP) e Maria José Ferreira (Centro Tecnológico do Calçado de Portugal) e num showcase onde serão apresentadas as mais recentes inovações do setor nos domínios da sustentabilidade e economia circular.

De acordo com Carlos Moura “a sustentabilidade faz parte do quotidiano Sueco, em todas as áreas, em todos os momentos”. “Hoje – continuou o responsável da AICEP em Estocolmo - em dia na Suécia já se assume a sustentabilidade como um fator natural integrado em qualquer atividade”.  Neste sentido, “sendo Portugal um grande produtor para o mercado sueco de um modo sustentável, as portas suecas ainda se abrem mais”. Em alguns setores “como a moda, a fileira casa, os produtos alimentares e vinho, passando pelos serviços Portugal apresenta-se como parceiro natural para as empresas e consumidores suecos”. “Portugal esta bem posicionado neste campo”, concluiu Carlos Moura.  

O responsável da AICEP em Estocolmo acredita que “moda portuguesa tem para oferecer à Suécia uma produção sustentável, local e baseada no talento”. Com efeito, “nos últimos anos o centro da produção começou a deixar de ser o oriente para voltar às produções europeias. A pandemia e a guerra na Ucrânia vieram acentuar esta tendência, assumindo-se Portugal como um mercado natural neste setor.”

Constituído por 1500 empresas, responsáveis por 40 mil postos de trabalho, o setor do calçado é um exemplo de competitividade em Portugal. “Exportamos atualmente mais de 95% da nossa produção, para 170 países, nos cinco continentes”, assume Luís Onofre. Para o Presidente da APICCAPS, a associação do setor, “o saber-fazer acumulado pelo setor ao longo de gerações, associado a grandes investimentos na área tecnológica, fazem de Portugal um player de referência a nível internacional. Produzimos excelente calçado, a um preço justo”, admite.

Nos três próximos anos, o setor de calçado investirá 140 milhões de euros. “Queremos que Portugal seja uma grande referência a nível internacional no desenvolvimento de soluções sustentáveis”, sublinha Luís Onofre.

“Portugal tem o maior cluster têxtil da Europa”, defende Mário Jorge Machado, presidente da ATP (Associação Têxtil e Vestuário de Portugal). “Estamos a falar de um setor que é dos grandes exportadores nacionais, e cerca de 80% das empresas deste setor estão aqui próximas, num raio de 50 quilómetros ao redor de Famalicão”, explicou o líder da ATP, num aglomerado que se estende por concelhos como Fafe, Guimarães, Barcelos, Santo Tirso, Trofa e Porto.

César Araújo, presidente da ANIVEC, acrescenta que “o ecossistema do Têxtil e do Vestuário em Portugal é único: reunimos todas as vertentes da cadeia de abastecimento. Somos o exemplo real de fornecimento por proximidade, desde a fiação à distribuição da peça pronta”. César Araújo defende que Portugal é um modelo ao nível da sustentabilidade. “Sustentabilidade deve ser muito mais do que a escolha de matérias-primas orgânicas ou recicladas. Deve ser transparente nas várias etapas da cadeia de abastecimento, durabilidade e intemporalidade”, realçou.

Na mesma linha de pensamento, Mário Jorge defende que “sustentabilidade é também eficiência na utilização de recursos, otimização de processos, redução de desperdícios, aposta nas energias renováveis e limpas, mas também responsabilidade e ética social, práticas fortemente implantadas nas empresas portuguesas do setor têxtil e vestuário”. O Presidente da ATP frisa, ainda, “a importância da economia circular, do design à reciclagem, para a qual é fundamental conhecer bem as componentes dos resíduos têxteis que serão gerados no mercado comunitário para que estes voltem ao processo produtivo em segurança”.
 
Também as joias portuguesas atravessam oceanos. “A herança secular de gerações dedicadas à arte da ourivesaria, à manufatura, à atenção e ao detalhe diferenciam a joalharia portuguesa”, revela Fátima Santos. A Secretária Geral da Associação de Ourivesaria (AORP), recorda que “as marcas nacionais estão a aliar o seu know-how aos novos conceitos de design contemporâneos, mais próximos dos novos padrões de consumo e da moda. É esta capacidade e saber que tornam o setor português da joalharia tão singular”.

De acordo com Fátima Santos, o setor, por um lado, assenta numa “indústria vocacionada para a produção para terceiros, que se posiciona pela qualidade, capacidade de resposta e flexibilidade de adaptação a produções de menor escala, mais exclusivas, que é o que buscam atualmente as marcas internacionais”, aliando para isso “a técnica à inovação, a manufatura à tecnologia, com incorporação de boas práticas de sustentabilidade – algumas intrínsecas à atividade, como a redução do desperdício, a reciclagem de matérias-primas e a aposta na qualidade e no ciclo longo dos produtos, numa apologia aos princípios do slow fashion” e, por outro, “numa nova geração de designers e empreendedores que se inspiram no nosso legado e trazem uma nova visão contemporânea de produto, de negócio, de comunicação, abrindo novos caminhos e novos públicos, à escala global”.
No final, os convidados serão brindados com um cocktail de produtos portugueses, com a chancela da PortugalFoods, que envolve empresas como Água Monchique, Amendouro, Compal, Nuts Original, Sumol, Vieira e Yoçor.
 




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