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Roteiro do Conhecimento no calçado ultrapassa os 3 000 alunos

Roteiro do Conhecimento no calçado ultrapassa os 3 000 alunos

6 Mai, 2025

Roteiro do Conhecimento nas escolas


Com o objetivo de “divulgar o potencial da indústria”, “valorizar o território e atividades locais” e “potenciar a indústria local”, o setor do calçado continua, no âmbito do projeto Bioshoes4all, o Roteiro de Conhecimento pelas Escolas, ultrapassando a barreira dos 3000 jovens alunos.

Desde o início do corrente ano letivo, foram já abordadas 37 escolas de cinco municípios, e envolvidos 1.076 alunos. Já no ano passado, o Roteiro do conhecimento envolveu 78 escolas e mais de 1900 alunos.

“À medida em que o setor de calçado e de artigos de pele vaievoluindo para novos patamares de excelência, a contratação de profissionais altamente qualificados é uma prioridade”, considera Luís Onofre. Para o Presidente da APICCAPS, “continua a existir na sociedade um conjunto de estereótipos relacionados com os setores industriais que importa desmistificar. Ainda que não seja um problema exclusivamente português, há um trabalho de proximidade a desenvolver". Luís Onofre destacou, igualmente, “o papel absolutamente decisivo desenvolvido pelas autarquias das zonas de forte concentração da indústria de calçado”.

Até 2030, a indústria europeia da moda vai necessitar de 500 mil novos colaboradores. Os dados da Comissão Europeia sugerem que o diagnóstico é comum a outros setores e afetará, em particular, países como Espanha, França, Itália e Portugal.

Consciente dessa realidade, a APICCAPS iniciou, no final de 2023, um “Roteiro do Conhecimento” pelas escolas de Felgueiras, Guimarães, Oliveira de Azeméis, Santa Maria da Feira e S. João da Madeira, as principais cidades de concentração da indústria de calçado, “de modo a preparar as gerações do futuro e atrair uma nova geração de talento”.

Este “Roteiro do Conhecimento” terá uma duração de três anos, e enquadra-se no Plano Estratégico do Cluster do Calçado 2030.

Para Ana Medeiros pais criativos são pais que se dedicam à educação dos seus filhos e esse é um dos principais objetivos deste projeto”. “Mas”, continua a vereadora da Câmara Municipal de Felgueiras  “para além da função pedagógica, sendo representantes de concelhos de forte concentração da indústria de calçado, temos uma função empresarial e do futuro profissional das nossas crianças”.

“A sensibilização é muito importante para que as nossas crianças possam ser agentes ativos desta indústria no futuro, para continuemos a ser uma referência nacional e mundial”, defendeu Rui Cabral. O vereador da Câmara Municipal de Oliveira de Azeméis considera “essencial quando estes projetos ligam as crianças com a indústria real. Podíamos comparar este projeto a uma corrida de testemunhos: estamos a dar bom testemunho e os nossos jovens têm um papel fundamental”.

Para além de um programa de visitas a escolas, no âmbito deste Roteiro do Conhecimento são desenvolvidas outras iniciática paralelas, com destaque para  o “Dia Aberto na Indústria do Calçado" e a “Caixa Mágica”, um concurso de ideias que estimula criatividade dos alunos, que envolve as famílias, através do uso de matérias recicladas e alternativas que permitam desenvolver o calçado perfeito.

“Este projeto é absolutamente notável. Porque é na raiz que a Árvore nasce. Sabemos que demora tempo, mas este projeto vai certamente gerar frutos. Dar cola, num futuro próximo, significará usar um braço robótico, é programação, é informática. Esse é o futuro que estamos hoje a demonstrar. A formação profissional é um caminho e ainda existe um grande estigma relacionado com este tipo de ensino. Nós precisamos de profissionais e de bons profissionais, de pessoas que ajudem a impulsionar o setor do calçado”, sublinhou Ana Medeiros.

“Este projeto veio enriquecer tudo que já existia na nossa cidade, sustentando-o na ligação entre as escolas, as crianças, a indústria de calçado e as pessoas”, defendeu Irene Guimarães. A vereadora da Câmara Municipal de S. João da Madeira acredita que “este projeto é crucial para dar a conhecer o trabalho esta indústria nas cidades onde esta implementando. Aquilo que nos cumpre hoje é aproveitar este trabalho desenvolvido nas escolas e que envolveu professores e famílias, e passar o testemunho”.

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