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Exportações de calçado disparam em novembro

Exportações de calçado disparam em novembro

11 Jan, 2022

Portugal exportou 5,8 milhões de pares de calçado, no valor de 142 milhões de euros.


Portugal exportou, em novembro, 5,8 milhões de pares de calçado, no valor de 142 milhões de euros. Face a 2019, o ano imediatamente anterior à pandemia, assinala-se um acréscimo de praticamente 12%.  Relativamente ao período homólogo do ano anterior, assinala-se um acréscimo de 30%.

Até novembro, Portugal exportou 64 milhões de pares de calçado, no valor de 1.551 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 10.7% face ao ano anterior.

A Europa voltou a ser o mercado de referência para o calçado português, acolhendo 54 milhões de pares (mais 12,4%), no valor de 1.264 milhões de euros (acrescimento de 11,1%). Nota de franco destaque para o bom desempenho na Alemanha, com um crescimento de 27,1% para 362 milhões de euros. Pela primeira vez desde o inicio do ano, o mercado francês regressa a terreno positivo, com  um acréscimo de 2,4% para 308 milhões de euros.

Fora do espaço comunitário, as vendas para o Reino Unido aumentaram 11,7% para 96 milhões de euros. Já as exportações para os “states” aumentaram 14,4% para 68 milhões de euros. Austrália (mais 39,7% para 8 milhões de euros), China (mais 7,3% para 17,6 milhões de euros), Hong Kong (mais 36,2% para 3 milhões de euros) e Israel (mais 71,5% para 2,4 milhões de euros) também revelam sinais de recuperação.

“O ano de 2021 foi já, como se esperava, de recuperação do setor”, destaca Paulo Gonçalves. “Em vários mercados – continuou - foi já possível chegar a níveis anteriores aos da pandemia”. Ainda assim, de acordo com o porta-voz da APICCAPS “recuperação será mais lenta do que desejamos”, uma vez que “todos os indicadores, sugerem que o setor do calçado a nível internacional só recupere plenamente em 2023”. No caso português, “há a expectativa de que conseguimos atingir esse desiderato mais cedo, já em 2022”.


Conjuntura anima
De acordo com o Boletim de Conjuntura da APICCAPS, “a indústria portuguesa de calçado viveu, no terceiro trimestre, o período mais favorável dos últimos dois anos. Todos os indicadores – produção, encomendas, preços, emprego – evoluíram de forma muito positiva, superando as expectativas existentes e, em vários casos, estabelecendo novos máximos históricos”.

O foco das preocupações da indústria  “inverteu-se, passando das questões comerciais que habitualmente predominam para os fatores de produção: o abastecimento de matérias-primas é agora a principal limitação enfrentada pela indústria, seguida de perto pela escassez de mão-de-obra. As empresas fazem agora uma avaliação positiva do estado de negócios, o que acontece pela primeira vez desde o início da pandemia de COVID-19”.

As empresas inquiridas acreditam que “este estado de coisas se prolongará para o último trimestre do ano, com um crescimento adicional das encomendas e da produção que permitirá continuar a aumentar o emprego na indústria”. De acordo com o refiro inquérito, “embora a apreciação positiva da conjuntura seja generalizada, as perspetivas são tanto mais favoráveis quanto maior a dimensão e a vocação exportadora dos inquiridos”.


2022 promete
Novembro é o terceiro mês consecutivo de crescimento das exportações portuguesas de calçado, relativamente a 2019. Ainda que os dados internacionais apontem apenas para uma recuperação ligeira do consumo do calçado a nível internacional em 2022, a indústria portuguesa de calçado inicia o ano com uma tónica positiva. “Ainda que estejamos dependentes da evolução do processo de vacinação e mesmo da pandemia, os sinais do setor são animadores”, realça a APICCAPS. Aumento dos custos das matérias-primas, dificuldades no transportes e escassez de mão de obra qualificada para responder às solicitações dos mercados são, nesta fase, as maiores preocupações “Capacidade de resposta integrada (dos materiais ao calçado final), pequenas séries, proposta criativa de valor, nomeadamente no domínio da sustentabilidade, são alguns dos principais argumentos que têm aumentado a procura pelas empresas portuguesas” concluiu Paulo Gonçalves, porta-voz da APICCAPS.

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