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Fundo de recuperação da UE propõe 750 mil milhões

Fundo de recuperação da UE propõe 750 mil milhões

28 Mai, 2020

Fundo será distribuído por três pilares: reformas, investimento privado e saúde


Foi ontem apresentada a proposta para o Fundo de Recuperação da União Europeia (UE) para responder à crise causada pela covid-19. Este fundo prevê a distribuição de 750 mil milhões de euros por “três pilares”, incluindo reformas, investimento privado e saúde. Deste montante 500 mil milhões de euros serão canalizados para os Estados-membros através de subsídios a fundo perdido e os restantes 250 mil milhões na forma de empréstimos, segundo dados da Lusa.
De acordo com a informação divulgada pelo executivo europeu, “o dinheiro arrecadado para a Próxima Geração da UE [nome atribuído a este fundo] será investido em três pilares”, desde logo no “apoio aos Estados-membros com investimentos e reformas”.

Neste pilar está incluído um novo Mecanismo de Recuperação e Resiliência de 560 mil milhões de euros (310 mil milhões de euros em subsídios e 250 mil milhões de euros em empréstimos), integrado no Semestre Europeu, que visa fomentar “investimentos e reformas, nomeadamente em relação às transições verdes e digitais e à resiliência das economias nacionais, ligando-as às prioridades da UE”.

Estão, também, incluídas verbas adicionais para políticas como as de Coesão (complemento de 55 mil milhões de euros dos atuais programas até 2022, ao abrigo da nova iniciativa REACT-UE para fazer face aos impactos socioeconómicos da crise), o Fundo de Transição Justa (com reforço de até 40 mil milhões de euros para acelerar a transição para a neutralidade climática) e a Agricultura (com mobilização de mais 15 mil milhões de euros para o Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural).

O segundo pilar do Fundo de Recuperação centra-se no “incentivo ao investimento privado”, abrangendo nomeadamente um novo instrumento público-privado de apoio à solvência, que Bruxelas quer ter operacional ainda este ano e com um orçamento de 31 mil milhões de euros. O objetivo é, com este montante, desbloquear 300 mil milhões de euros em apoio à solvência das empresas e prepará-las para um “futuro mais limpo, digital e resiliente”, nomeadamente no que toca às “empresas europeias saudáveis nos setores, regiões e países mais afetados”, como a agência Lusa já tinha avançado.

Ainda nos apoios ao setor privado, o executivo comunitário pretende aumentar a verba alocada ao programa de apoio ao financiamento de empresas InvestEU para um total de 15,3 mil milhões de euros e criar uma nova facilidade de investimento estratégico integrada neste projeto.
O objetivo é “gerar investimentos até 150 mil milhões de euros no reforço da resiliência dos setores estratégicos, nomeadamente os ligados à transição verde e digital, e das principais cadeias de valor no mercado interno, através de um contributo de 15 mil milhões de euros”, segundo o executivo comunitário.

Já o terceiro pilar tem o intuito de “tirar lições da crise”, com Bruxelas a querer um novo programa de saúde, que designou de EU4Health, para “reforçar a segurança sanitária e preparar futuras crises sanitárias com um orçamento de 9,4 mil milhões de euros”.
Ainda no âmbito sanitário, é proposto o reforço do Mecanismo de Proteção Civil da UE em dois mil milhões de euros “para equipar a União para se preparar e responder a futuras crises”.

Este pilar contará também com a mobilização de 94,4 mil milhões de euros para o programa Horizonte Europa para “financiar a investigação vital no domínio da saúde” e ainda a alocação de um montante adicional de 16,5 mil milhões de euros para ações externas, incluindo a ajuda humanitária, aos parceiros mundiais da Europa.

“Outros programas da UE serão reforçados para alinhar plenamente o futuro quadro financeiro com as necessidades de recuperação e as prioridades estratégicas e outros instrumentos serão reforçados para tornar o orçamento da União mais flexível e mais reativo”, adianta a Comissão Europeia.

Parlamento saúda Fundo

O presidente do Parlamento Europeu saudou a proposta apresentada pela Comissão Europeia para o Fundo de Recuperação da União Europeia (UE). David Sassoli classificou a proposta como “importante” para empresas e cidadãos, e apelou a “rápidas aprovações”.
“É uma proposta importante para empresas e cidadãos”. O presidente do Parlamento falou num “dia importante para o Parlamento Europeu”, por considerar que “a voz” da instituição foi consagrada na proposta, mas também “para a UE, porque é como se fosse o ‘Dia D’ do século XXI, em que a Europa redescobriu a solidariedade e que se comprometeu com uma política comum para a reconstrução dos países e para apoiar os cidadãos e o emprego”.
“Valorizo a proposta da Comissão porque tenta assegurar que saímos desta crise com uma capacidade superior à que tínhamos e com salvaguarda para as gerações futuras”, acrescentou.

Photo by Sara Kurfeß on Unsplash

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