Secretário de Estado do Ambiente, Emídio Sousa, visita indústria de calçado
Em Felgueiras, Emídio Sousa visitou a Carité e a Bolflex, bem como o aterro sanitário da cidade.
Emídio Sousa admite que conhece “muito bem a realidade do setor do calçado. O setor está a dar passos decisivos para a sustentabilidade e a apostar em projetos de produção de economia circular”.
Por outro lado, “o setor do calçado está a reaproveitar os materiais em projetos inovadores e com design avançado. Apesar dos desafios que tem pela frente e a concorrência a nível mundial, o calçado pode continuar num lugar privilegiado dentro da economia portuguesa se implementar novas formas de produção com respeito pelo meio ambiente. Essa é uma vantagem competitiva”. Para Emídio Sousa “o aproveitamento e a reciclagem de materiais pode ser um excelente negócio para a indústria de calçado”.
O presidente da Câmara de Felgueiras destaca a importância de o Governo “vir ao terreno e conhecer de perto a realidade de um setor tão relevante para o concelho”. Nuno Fonseca alertou para a questão do tratamento dos resíduos e sua possível integração em novos produtos”.
Já Luís Onofre recorda que “Independentemente dos ciclos conjunturais complexos, como aquele que enfrentamos atualmente e que está a penalizar fortemente os setores da moda no plano internacional, continuamos a acreditar no futuro da nossa indústria. Por esse motivo, temos em curso o maior ciclo de investimento da história do setor, para reposicionarmos a nossa indústria na cena competitiva internacional”, explica o presidente da APICCAPS.
Dividido em cinco pilares - Biomateriais, Calçado Ecológico, Economia Circular, Tecnologias Avançadas de Produção e Capacitação e Promoção, o projeto BioShoes4All pretende garantir uma base produtiva nacional resiliente para posicionamento no mercado internacional, no qual a inovação, a diferenciação, a resposta rápida e eficaz, o serviço, a qualidade dos produtos, a capacitação e a promoção serão argumentos competitivos que nos permitirão ser superiores à concorrência. Para isso, o setor do calçado "tem a ambição de induzir uma mudança radical nos materiais, tecnologias, processos e produtos". O projeto conta com 11 iniciativas, 23 medidas e 80 atividades.
Por outro lado, o FAIST – Fábrica Ágil, Inteligente, Sustentável e Tecnológica tem como principal objetivo dotar e capacitar a área do calçado de tecnologias inovadoras, processos e materiais sustentáveis, aumentando a capacidade de resposta aos requisitos do mercado e fazer da indústria portuguesa do calçado e marroquinaria a mais moderna do mundo.
O responsável pela pasta do Ambiente admite que o setor do calçado é “um dos setores mais exportadores e criadores de emprego da nossa economia. E as empresas do setor, através destes projetos, continuam a apostar na inovação e na sustentabilidade, o que me deixou muito agradado.”