Indústria parada até 9 de abril
O país ultrapassou, nos últimos dias, a China no número total de infetados com o COVID-19, estando apenas atrás dos Estados Unidos e da Itália. A região com mais casos positivos de COVID-19 é a de Madrid, com 24.090 infetados e 3.392 mortos, seguida pela região da Catalunha (16.157 e 1.410) e a do País Basco (6.057 e 297), mas há registos de mais falecidos com a pandemia em Castela-Mancha (622), Castela e Leão (442) e na Comunidade Valenciana (310).
A atividades consideradas não essenciais estão paralisadas até 9 de abril próximo, por decreto de Pedro Sánchez, a fim de reduzir ainda mais a mobilidade e o risco de infeção, e para tentar evitar o colapso nas unidades de cuidados intensivos quando o pico de contágios chegar (previsivelmente em meados de Abril).
Indústria de calçado com críticas
a Pedro Sánchez
Apenas no setor do calçado, encontram-se temporariamente encerradas 3500 empresas e 29 mil trabalhadores.
Segundo dados do World Footwear Yearbook, Espanha produziu, em 2018, 100 milhões de pares de calçado, importou 313 milhões, nomeadamente da China (quota de 53% nas importações), Bélgica (4%) e França (6%) e exporia, no mesmo período, 158 milhões, em especial para França (32 milhões de pares exportados), Itália (19 milhões de pares) e Alemanha (13 milhões de pares).
A FICE lamenta que “quanto mais os estados de alarme de saúde com coronavírus se estenderem no tempo, profundidade e expansão internacional, mais nos afastaremos de uma recuperação”, pelo que “as últimas decisões adotadas - encerramento da atividade até 9 de abril - são muito incertas”.
Por esse motivo, a Federação Espanha da Calçado Português solicitou ao Governo de Pedro Sánchez através do Secretário Geral da Indústria, “o desenvolvimento de modelos flexíveis”, “levando em consideração os princípios de prudência (nas decisões), perseverança (nas iniciativas adotadas) e paciência (para alcançar os resultados desejados “. Para os industriais espanhóis, “as medidas adotadas para injetar liquidez nas micro, pequenas e médias empresas são, até ao momento, “claramente insuficientes”. “Se não agirmos, o impacto da anemia poderá ser bem pior do que a crise de 2008/2009 e levar ao desprendimento de milhares de trabalhadores”, apontou a FICE, em comunicado.
Foto dísponivel na Unsplash