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Indústria reclama por medidas urgentes para travar o alastrar da crise

Indústria reclama por medidas urgentes para travar o alastrar da crise

31 Mar, 2022

CIP apela ao novo Governo por medidas urgentes para travar o alastrar da crise


“A CIP apela ao governo que agora tomou posse que salvaguarde o futuro das empresas e da economia portuguesa e acautele as condições para o seu regular funcionamento. é o tecido económico, a competitividade do país e a estabilização do mercado de trabalho que esta? em causa”. É assim termina a interpelação da confederação empresarial de Portugal (CIP), que reclama por medidas urgentes para travar o alastrar a crise.

“a margem de manobra orçamental dada pela forte redução do défice público alcançada em 2021 deve ser utilizada para acorrer aos riscos que ensombram a economia portuguesa. Sobretudo quando observamos que tal redução foi conseguida a? custa de um novo agravamento da carga fiscal sobre a economia para 35,6% do PIB, um máximo histórico superior em 1,2 pontos percentuais ao valor registado em 2015, após o final do programa de ajustamento”, diz a CIP em comunicado.

A associação industrial salienta que “os dados divulgados pelo Eurostat revelam que o PIB por habitante em Portugal, medido em paridade de poder de compra, caiu de 76% da média europeia, em 2020, para 74%, em 2021. Em 2000 este valor era de 85%. Desde então, os atuais 11 membros da União Europeia do antigo bloco de leste convergiram com a média europeia. Portugal divergiu e foi ultrapassado por seis desses países. Em 2021, foi a vez da Polónia e Hungria. A Roménia, presentemente a um ponto percentual de Portugal, será provavelmente o próximo”.

A CIP defende que “a pandemia, com um impacto na economia portuguesa significativamente mais profundo, agravou a divergência de Portugal face a? média europeia quase tanto quanto a crise de 2011/2014: cinco pontos percentuais, em dois anos, face a seis, em quatro anos.  As perspetivas de que o nível de atividade económica anterior a? crise fosse atingido, em Portugal, em meados deste ano estão agora comprometidas, dado o impacto económico da guerra na Ucrânia”.
Assim, continua a associação patronal “a escalada nos preços do gás natural (e, por arrasto, da eletricidade), dos combustíveis, de matérias-primas industriais e agrícolas, a falta de fornecimentos, tomam proporções tais que inviabilizam a produção de muitas empresas. Algumas ja? suspenderam a atividade, outras reduzem-na severamente”.

“Esta situação contrasta com a imagem e as perspetivas tranquilizadoras que nos são transmitidas pelo governo, que subestima claramente a gravidade do momento que atravessamos”.

Assim, “são necessárias medidas decisivas e urgentes para travar o alastramento da crise e conter uma espiral inflacionista que a tornaria mais profunda e mais duradoura. Medidas que tardam, enquanto as ameaças se vão avolumando e transformando em realidade”.


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