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Mercado de luxo abranda. China contraria tendência

Mercado de luxo abranda. China contraria tendência

3 Mai, 2022

Número de aberturas de lojas de retalho de luxo em queda


O mercado de luxo a nível mundial está a abrandar. As conclusões são da 4.ª edição do “Savills Global Luxury Retail 2022 Outlook”, da consultora mobiliária internacional Savills, que analisa o mercado global de retalho de luxo. Em 2021, o número de novas aberturas de lojas de retalho de luxo registou uma quebra significativa quando comparado com o período pré-pandemia.

As regiões da América do Norte e da Europa foram as que registaram um maior decréscimo, ambas com quebras de 14%. Também a Ásia verificou uma descida de 10%, embora neste continente a China ‘contrarie a tendência’, sendo o país onde mais lojas de luxo abriram no ano passado (+55%). Também na Austrália e na Nova Zelândia verificaram-se aumentos de 3%. No Médio Oriente e na América Latina, o número de novas aberturas de lojas dedicadas ao retalho de luxo manteve-se estável quando comparado com 2019.

“Fortes vendas domésticas na China, a par de oportunidades limitadas para viagens transfronteiriças e de uma rápida recuperação económica, impulsionaram o aumento do número de retalhistas de luxo nos últimos 12 meses. Esta reorientação nos gastos deverá persistir sob a influência de um conjunto de medidas governamentais para revigorar o consumo interno, incluindo a expansão de operações duty free”, avança Nick Bradstreet, responsável da Savills.

Os três maiores grupos de luxo – LVMH, Kering e Richemont – foram responsáveis por 41% do volume total de novas aberturas de lojas deste segmento em 2021 a nível global, face aos 33% de 2019.

Para 2022, “os retalhistas de luxo devem continuar a expandir-se a nível global, com o aumento da atividade das suas lojas nos mercados domésticos como a China e o Médio Oriente” avança o relatório. De acordo com a Savills, o foco nos principais mercados domésticos será a maior tendência a moldar a venda no retalho de luxo este ano, mas a crescente importância das políticas ESG (Environmental, Social e Governance) e a ligação entre o mundo físico e o digital também terão um papel fundamental.

“No caso de Portugal, a escassez de produto de qualidade, que preencha os requisitos de marcas de luxo com interesse no mercado nacional, é atualmente o principal entrave à entrada de novas marcas.  A dimensão do mercado interno e a dependência do fluxo turístico são outros fatores que condicionam o crescimento deste segmento. No entanto, verifica-se o interesse de algumas marcas em entrar em Portugal, o que poderá animar este segmento nos próximos dois anos”, avança José Galvão, associate director Retail da Savills Portugal.


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