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O Estado da Indústria: Décio Pereira, Vapesol

O Estado da Indústria: Décio Pereira, Vapesol

13 Jan, 2025

Entrevista com Décio Pereira, Vapesol


Desde o início de 2023, o setor de calçado a nível internacional deu sinais claros de abrandamento. Na sua opinião, a que se deveu isso?
Após uma pandemia completamente anómala para o mundo onde não sabíamos onde tudo iria parar, deu resultado na distorção em vários setores, desde logística, produção, matérias primas, serviços, finanças, muita coisa para ou ou estagnou.

Após estes período (típico de guerra) há o regresso à normalidade com todos a quererem rapidamente tudo como antes. Mas o resultado é que nada estava como antes. Tudo isto, resulta em especulação e, especialmente, em inflação. Muitas vezes com a ganância, vem também um mau serviço.

Isto foi o que resultou um ano excelente de 2022 (retoma) e o fraquejar do consumo com a inflação e consequente com imposição de um aumento das taxas de juro precisamente para controlar a inflação. Em 2023 a população teve menos poder de compra e hábitos de consumo modificados, logo há menos necessidade de produção, nomeadamente sapatos.

Já são percetíveis sinais de retoma?
Destruir uma estrutura, uma economia, produto pode ser rápido e basta um acontecimento anómalo. Mas para criar demoram anos.
Com isto quero dizer que a retoma é possível, sim. Eu acredito e a Vapesol em 2025 irá investir na sua segunda fase de ampliação da unidade Eva cerca de 2 milhões de euros. Para tal situação ser possível há um conjunto de ações que tem de ser tomadas por cada um individualmente e no conjunto do setor muito bem ponderadas e acertavas.

Que expectativas tem para o ano de 2025?
Muito difícil como foi 2024. E ter sempre a coragem dois passos à frente do medo. Sempre com os pés bem assentes no chão.


O que devem as empresas portuguesas fazer para aproveitar a expectável recuperação dos principais mercados internacionais?
Sem dúvida que o “made in Portugal” é sinónimo de garantia de um produto potencialmente de qualidade superior.

Quais são os nossos principais argumentos competitivos?

A proximidade geográfica com Europa. Um cluster imenso num raio de 50/60 km onde há de tudo de qualidade e rápido.
Tudo isto agregado a um bom serviço e preços competitivos, são elementos muito importantes para a nossa indústria do calçado. Afim de podermos sair desta teia que nos abraçou e da qual temos de nos desfazer!

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