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OCDE alerta para crescimento anémico da economia

OCDE alerta para crescimento anémico da economia

10 Dez, 2020

CIP: Projeções da OCDE são preocupantes


A Confederação Empresarial de Portugal (CIP) manifestou, em comunicado, preocupação pela projeção que a Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Económico (OCDE) faz para a evolução da economia portuguesa e alerta para a necessidade de se definir uma estratégia económica a prosseguir para evitar a concretização desse cenário.
“A OCDE começa por estimar um decréscimo do PIB de 8,4% este ano e um crescimento de apenas 1,7% e 1,9% em 2021 e 2022, respetivamente, pelo que, no final deste período, Portugal continuaria longe do ponto de partida em 2019”.

Do ponto de vista da CIP, “estas projeções são particularmente adversas, porque apontam para um declínio da economia global de 4,2% em 2020, mas para um crescimento de igual percentagem em 2021, seguido de um crescimento de 3,7% em 2022. Ou seja, Portugal cai o dobro da recessão global e tem uma taxa de recuperação que não chega a metade da média dos outros países”.

“A confirmarem-se estes cenários, o desempenho previsto da economia portuguesa é muito penalizador. Enquanto o Orçamento do Estado para 2021 tem subjacente uma redução da taxa de desemprego para o próximo ano, a OCDE aponta para um agravamento do desemprego em mais cerca de 115 mil pessoas”.

“A OCDE faz uma forte recomendação para que as medidas de apoio à economia apenas sejam retiradas quando a recuperação estiver firmemente em curso, ao mesmo tempo a que apela à existência de instrumentos de capitalização das empresas viáveis, como a CIP tem proposto. Tendo a crise económica um impacto diferenciado consoante os setores de atividade, a OCDE apela diretamente ao Governo português para que apoie as empresas e os trabalhadores do setor do turismo, particularmente afetados e que poderão ter que se reconverter”.
A CIP defende que a análise da OCDE é um alerta muito forte e que são necessários apoios mais robustos à economia portuguesa. “É fundamental que as medidas anunciadas cheguem às empresas, é crítico que as medidas se mantenham por tempo suficiente e é tempo de Portugal ter também instrumentos dirigidos ao reforço do capital das empresas, como sucede noutros países”.

Para a definição e financiamentos das medidas de apoio há uma condicionante fortíssima que é a “bazuca” europeia (Next Generation EU), mas “têm de ser tomadas com urgência as medidas que façam parar esta espiral destruidora da riqueza nacional em que atualmente nos encontramos”.

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