Com as grandes marcas internacionais de vestuário a cancelarem as encomendas nos países asiáticos, os trabalhadores destas fábricas (maioritariamente localizados no sudeste da Ásia), estão em risco.

No entanto, algumas das maiores marcas da indústria de moda estão a unir forças para aliviar o impacto que o cancelamento massivo de encomendas e a suspensão das atividades tiveram nos centros de produção. A iniciativa foi anunciada numa declaração conjunta da Organização Internacional dos Empregadores (IOE), da Confederação Internacional dos Sindicatos (ITUC) e da União Global Industrial.

O grupo contará com a presença de marcas como Adidas, C&A, H&M, Inditex, Marks & Spencer, Primark, Under Armour e PVH e tem como principal objetivo mobilizar recursos suficientes para permitir a continuidade dos produtores e o pagamento de salários nas regiões mais afetadas, bem como a criação de programas para proteger a remuneração, a saúde e o emprego dos trabalhadores.

“A Organização Internacional do Trabalho está profundamente preocupada com a ameaça que a COVID-19 representa para os milhões de empregos na indústria de vestuário”, afirma o diretor-geral da OIT. Em comunicado, Guy Ryder acredita que apenas a união entre os grandes grupos pode fazer a diferença. “É uma crise sem precedentes que só pode ser salva com solidariedade global; a prioridade deve ser manter os negócios e proteger os trabalhadores”.