Armindo Monteiro é o novo Presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) para o quadriénio 2023-2027. O empresário sucede a António Saraiva, que conduziu os destinos da Confederação durante 13 anos. A eleição de Armindo Monteiro registou a maior participação de sempre e o escrutínio registou o maior número de votos da história da confederação.

A eleição de Armindo Monteiro, com base no programa eleitoral “A Força da Economia é a Força de Portugal”, transmite uma mensagem clara ao Governo: depois da assinatura de um acordo de concertação social, em setembro do ano passado, classificado como histórico pelo primeiro-ministro, as políticas públicas que estão a ser concretizadas não só ficam aquém das necessidades do país, como provocam um atrito contraproducente, expondo as empresas e os trabalhadores a um risco económico desnecessário.

Os novos Órgãos Sociais da Confederação Empresarial de Portugal tomaram posse no dia 12 de abril, numa cerimónia que contou com a presença do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, que encerrou a Conferência “Cumprir Portugal – Dimensão, Inovação, Internacionalização”.
A lista única candidata foi eleita a 30 de março, com 87% do universo eleitoral, presidida por Armindo Monteiro no Conselho Geral e na Direção da CIP, contando ainda com António Saraiva como Presidente da Mesa da Assembleia Geral e com Bruno Bobone como Presidente do Conselho Fiscal.
Os Vice-Presidentes da Direção são: João Almeida Lopes, Rafael Campos Pereira, José Nogueira de Brito, Luís Miguel Ribeiro, Manuel Carlos, Pedro Duarte, Carlos Cardoso, Jorge Tomás Henriques e Óscar Gaspar.

A equipa renovada assume, agora, os destinos de uma Confederação Empresarial de Portugal “mais robusta, com as nossas agregadoras Federações, as nossas fortes Associações Setoriais, as nossas representativas Associações Regionais e as grandes Empresas de Portugal que unidas são o motor da economia e do crescimento do país”, avança a CIP.

O Presidente recém-eleito “acredita na primeira linha do combate aos constrangimentos que impedem a plena afirmação do potencial produtivo e transformador das empresas e dos empresários. Estaremos na primeira linha da construção de propostas que valorizem a iniciativa privada, o contexto empresarial, os trabalhadores, a incorporação de valor e a geração de riqueza, pressupostos fundamentais do progresso, da distribuição e da coesão”.
A Conferência “Cumprir Portugal – Dimensão, Inovação, Internacionalização” promoveu um debate inclusivo destes três temas, tendo marcado presença no evento várias figuras do panorama nacional social e político, contando com a presença da Ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva, na sessão de abertura, e da Ministra do Trabalho e da Segurança Social, Ana Mendes Godinho, na sessão de enceramento. O presidente do PSD, Luís Montenegro, também participou no evento.

No final da conferência “Cumprir Portugal – Dimensão, Inovação, Internacionalização”, António Saraiva foi condecorado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Mérito Industrial, como agradecimento pelos 19 anos ao serviço da CIP, 13 dos quais enquanto presidente.

Dirigindo-se ao novo Presidente da CIP, Marcelo Rebelo de Sousa pelou à "capacidade de visão, de futuro a médio e longo prazo, de inovação, de criatividade, de antecipação, de progresso, de crescimento, de justiça social" por parte das empresas.

"Tenho a certeza de que a CIP neste novo tempo histórico, com uma nova liderança com um estilo diferente, saberá desempenhar um papel de tomo nessa dinâmica, se souber abrir-se em vez de fechar-se, agir em vez de reagir, prever em vez de seguir, liderar em vez de se ajustar àquilo que os outros lideraram", avançou o Presidente da República.