Empresa de componentes para calçado celebra 30 anos de atividade
Mas não é só. Nos últimos 30 anos, a sustentabilidade tornou-se uma das traves-mestras da empresa. Em Portugal, a empresa é um exemplo pioneiro na reutilização de desperdícios e na implementação da economia circular dentro de portas.
As preocupações ambientais não são novas na empresa de António Ferreira. A Bolflex tem vindo a desenvolver técnicas avançadas de reciclagem e hoje está preparada para reciclar uma vasta gama de materiais. A SH-Rouber, por exemplo, é uma nova sola que contém sapatos reciclados na sua formulação. Neste processo, os sapatos voltam ao início e servem de matéria-prima. São inicialmente esmagados até se transformarem em pó, depois queimados, e depois 30% do composto reciclado é adicionado a uma nova formulação de borracha, obtendo assim um produtor inovador ecológico e com todas as garantias químicas. “Esta inovação em desvulcanização de sapatos usados para fazer novos produtos - tais como novos sapatos e palmilhas - está já patenteada pela Bolflex” afirma António Ferreira, presidente do grupo Bolflex.
Uma lição de sustentabilidade
Uma lição de sustentabilidade. Foi o que a Bolflex na Alfândega do Porto, no âmbito do Portugal Fashion. Corria o mês de outubro, do ano de 2019. “Apesar da borracha ser a nossa especialidade, com o tempo, fomos descobrindo que era possível reaproveitar os polímeros e os desperdícios. Chegamos a desaproveitar, só na nossa empresa, cerca de 150 toneladas de matéria-prima. Depois de muita pesquisa, descobrimos que era possível reaproveitar esses desperdícios e incorporá-los de novo no processo de fabrico”.
Neste conceito de economia circular que a empresa tenta implementar, até o alumínio é reaproveitado para a produção de novos moldes. A Bolflex possui dentro de portas um sistema de fundição dos moldes que permite o reaproveitamento dos mesmo para a produção de novas unidades para injeção de solas.
Uma outra aposta da empresa é a sua linha vegan. A marca portuguesa foi recentemente certificada como marca vegan, pela organização dos direitos dos animais "People for the Ethical Treatment of Animals" (PETA).
Segundo a empresa, “todos estes processos criam uma economia circular dentro de portas, capaz de reduzir custos e direcionar a empresa para um futuro mais ecológico e amigo do ambiente”.
A empresa prevê chegar, este ano, aos 12 milhões de euros em faturação, o que representa cerca de 20% de crescimento.
My Cute Pooch avança com chinelos sustentáveis
Com a senda da reciclagem e a vontade de surpreender o mercado nasceu, em 2019, a My Cute Pooch. “Ser reciclado, ser vegan e permitir a personalização”. Estes parecem ser os atributos que mais chamam a atenção dos clientes. Itália, Roménia e Bulgária são alguns dos países para onde a empresa deverá começar a exportar no futuro próximo, depois da investida nas feiras internacionais, que começou esta temporada.
Criada com base no conceito “always by your side”, a My Cute Pooch é uma mala prática, de pequenas dimensões e personalizável de forma a adaptar-se a diferentes gostos e ocasiões. A sustentabilidade e o respeito pelos animais são duas das grandes linhas orientadoras da My Cute Pooch. Todos os seus produtos são livres de componentes de origem animal, o que valeu à marca a certificação com o selo PETA approved – Vegan. Cada coleção é desenvolvida com materiais que se destacam pela sua qualidade e capacidade de inovação.