20 de maio, em Lisboa
Nos últimos cinco anos, registaram-se 2453 acidentes de trabalho objeto de inquérito no âmbito da ação inspetiva da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT). Mas os números serão muito superiores, a julgar pelos dados que as seguradoras transmitem aos tribunais.
A prevenção de acidentes de trabalho e a sinistralidade laboral, os direitos e deveres dos empregadores, os direitos e deveres dos trabalhadores, os seguros e a prevenção do risco em contexto de trabalho e o investimento na prevenção laboral são os temas em debate durante a manhã. A tarde está reservada para a apresentação do Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, para a promoção da podologia e da saúde no trabalho, com o contributo do SPODOS – Foot Science Center, bem como para o que há de novo no calçado profissional.
Para além de Sílvia Silva, coordenadora do Livro Verde do Futuro da Segurança e Saúde no Trabalho, o evento contará com a participação de Maria Teresa Fernandes, inspetora-geral da ACT, advogados especialistas em direito do trabalho, investigadores, representantes da UGT e da CGTP, da CIP, da Ageas – Seguros, do CTCP, bem como do presidente da Associação Portuguesa de Podologia, Manuel Portela, e do diretor-geral da APICCAPS, João Maia.
«É da nossa natureza, proteger. É isso que nos motiva a organizar esta primeira conferência sobre a prevenção de riscos laborais. Ainda há muito trabalho a fazer na sensibilização para a prevenção. Um trabalhador sensibilizado, toma decisões informadas, por exemplo na escolha dos equipamentos de proteção individual, como o calçado profissional, mais adequados ao seu contexto de trabalho», explica Teófilo Leite, presidente do conselho de administração da ICC – Indústrias e Comércio de Calçado, SA, empresa que detém a marca Lavoro.
A MARCA LAVORO
A partir de Guimarães, a marca Lavoro lidera, desde 1986, a produção portuguesa de calçado profissional para os mais diversos ambientes de trabalho. Da indústria à floresta, com passagem pela logística, bombeiros, forças de segurança e militarizadas. A empresa, que fatura 22 milhões de euros/ano, tem em curso um investimento de 5 milhões de euros, focado na renovação e ampliação das instalações, na produção com energia fotovoltaica, na robotização, no corte digital, na costura automática e na injeção robotizada com reciclagem de materiais. Exporta para 50 mercados, 60% da sua produção anual, que é de 600 mil pares.