"Temos capacidade em Portugal para produzir o que habitualmente importávamos da China"
“A maior reflexão que temos de fazer neste momento é de que não podemos ter cadeias de abastecimento tão extensas e tão dependentes de um só pais como temos da China”. Esta é, nas palavras do Primeiro- Ministro, a grande lição económica a retirar da pandemia provocado pela COVID-19. Em entrevista à Rádio Renascença, António Costa acredita que este é o momento da "Europa e Portugal se posicionarem para voltar a produzir interiormente muito do que se habituaram a importar da China”.
“Várias empresas estão a reorientar a sua produção para produzirem máscaras, viseiras, batas, equipamentos de proteção individual, porque temos capacidade nacional para produzir este tipo de produtos”.
António Costa afirmou ainda que, apesar da maior exposição aos riscos, o país não deve deixar cair a aposta nas exportações. Essa dependência do exterior, num momento como o atual, agudiza a crise. No entanto, o chefe do Governo acredita que uma retração seria um retrocesso. "Um dos prolemas do país é que foi pouco competitivo para crescer com base nas exportações. Se crescemos mais com base nas exportações estamos mais expostos aos riscos internacionais, mas isso significa que temos uma economia mais diversificada. O que aconteceu é que tivemos um choque global em todas as regiões económicas. Não devemos andar para trás", reforça.