A TAP sofreu um prejuízo histórico de 1230,3 milhões de euros em 2020. Estes dados são justificados pelo impacto que a pandemia de COVID-19 provocou nas contas da transportadora aérea, bem como no sector da aviação em geral.

No entanto, este valor é superior ao que tinha sido previsto numa primeira fase, devido a um agravamento das contas do último trimestre. De acordo com as contas da TAP, SA, divulgadas esta semana, a operação no quarto trimestre de 2020 conduziu a um prejuízo de 529,6 milhões de euros, tornando os últimos três meses do ano no pior período da história da empresa (acima dos 395 milhões de perdas do primeiro trimestre, dos 187 milhões do segundo trimestre e dos 118,7 milhões no terceiro trimestre).
Já em 2019, a TAP SA tinha tido um prejuízo de 95,6 milhões (já por si um agravamento face às perdas de 58,1 milhões de 2018), valor que subiu para 105,6 milhões ao nível do grupo.

No documento que apresenta as contas de 2020, a TAP explica que o agravamento dos resultados no último trimestre do ano face aos três meses anteriores se deve a fatores como o decréscimo de passageiros (-7,6%), fruto “da continuação e agravamento da pandemia de covid-19”, o aumento dos custos operacionais, onde se incluem “provisões para custos de reestruturação não recorrentes” e um aumento dos custos com fuel e com pessoal.

Em dezembro, a companhia aerea interrompeu o recurso ao layoff, no âmbito das negociações com os sindicatos para reduzir os postos de trabalho. Em sentido contrário, houve um incremento das receitas com o negócio de carga, mas insuficiente para compensar o agravamento das despesas.

A TAP diz ainda que o resultado negativo de 529,6 milhões no último trimestre de 2020 foi “muito impactado pela rubrica de impostos sobre rendimento que registou um valor negativo de 215,7 milhões”.