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Indústria: inflação não se resolve com aumento de salários

Indústria: inflação não se resolve com aumento de salários

13 Abr, 2022

Presidente da CIP defende que inflação não se resolve com aumento de salários


"É na nossa produtividade e no nosso crescimento económico que assenta a sustentabilidade dos salários", defendeu António Saraiva. "Se vamos atrás da inflação para subir os salários, não a conseguimos controlar, apenas a potenciamos". O presidente da Confederação Empresarial de Portugal (CIP) defendeu esta semana que o problema da inflação não se resolve com aumento dos salários, defendendo a tomada de medidas que possam mitigar a "exponencial" subida dos custos.

"Se o Governo ou as empresas tivessem de reagir imediatamente ao valor da inflação estávamos constantemente a alterar salários e a inflação dos salários levaria inevitavelmente a inflação sobre inflação". António Saraiva salienta, ainda, que tem de haver "uma moderação". O presidente da CIP falava à entrada para a reunião da Concertação Social convocada pelo Governo para discutir com os parceiros sociais o Orçamento do Estado para 2022. Questionado sobre o impacto da subida da inflação no poder de compra, António Saraiva destacou que a falta de poder de compra das pessoas é semelhante ao problema das empresas perante o "exponencial aumento das matérias-primas, na escassez da mesma, nos elevados custos energéticos".

Sobre as medidas de mitigação do impacto da subida dos custos da energia e agroalimentares, aprovadas pelo Governo esta semana, António Saraiva afirmou que são "bem-vindas", mas que não evitam o "exponencial aumento de custos", sendo necessário procurar mais respostas.

"Estamos conscientes das dificuldades e da necessária sustentabilidade das contas públicas, não estamos aqui a pedir apoios cegamente, estamos a pedir que o Governo português, à semelhança de outros Estados-membros, tenha em atenção esta dimensão da situação para que possa minorar o mais possível", referiu o presidente da CIP. António Saraiva defendeu igualmente, face às medidas já anunciadas e conhecidas, que o importante é que "cheguem rapidamente às empresas sem complexidades burocráticas".


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