Ainda não foi anunciado oficialmente, mas os principais jornais já avançaram que as escolas e universidades devem fechar a partir de amanhã.

Ao que tudo indica, a decisão foi tomada ontem à noite, numa reunião entre António Costa, o Ministro da Educação, da Saúde, da Presidência e do Ensino Superior. O anúncio oficial deverá ser realizado após a reunião de Conselho de Ministros de hoje.

Em causa está a subida do número de novos casos que ontem atingiu um novo máximo histórico:  mais 14 647 casos confirmados e 219 mortes. Mas, segundo avança o Jornal de Notícias, o principal fator a pesar na decisão do Governo foi o crescimento da circulação da nova variante britânica, mais agressiva para as crianças. Essa informação foi transmitida por especialistas em reunião com as ministras da Saúde e da Presidência, em que o Governo procurou fundamentar, com dados epidemiológicos, a definição do rumo a seguir.

Também Marcelo Rebelo de Sousa contribuiu para colocar pressão sobre o Governo. Depois de já ter posto a tónica nas escolas, exigiu que a ponderação sobre o fecho das escolas fosse feita entre quarta e quinta-feira.

Crescimento da pandemia: pico em fevereiro?

De acordo com as previsões avançadas pelo Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge (INSA), o pico desta vaga deverá acontecer no início de fevereiro, com os números diários a rondar os 16 mil novos casos. A grande preocupação prende-se com a nova variante do Reino Unido que, ao que tudo indica, é muito mais agressiva e contagiosa.

O Instituto Nacional de Saúde Dr. Ricardo Jorge confirma que 60% das novas infeções no próximo mês serão atribuídas à variante do Reino Unido e que, nessa altura, os hospitais podem não conseguir acomodar mais doentes.