Com formação em Arquitetura, Hélder Santos iniciou o percurso na empresa familiar há 11 anos. A sua visão estética e a metodologia do processo criativo apreendidos em Arquitetura foram essenciais para a identidade que criou na Softwaves.
 
Trabalhar na empresa foi uma escolha prioritária?
Não foi uma escolha prioritária, acabou por ser algo natural visto que esta empresa sempre esteve presente ao longo da minha vida. Fui sempre acompanhando o seu percurso consciente das suas histórias e desafios.
A minha participação na Comforsyst surgiu num momento certo do meu percurso profissional, a marca Softwaves necessitava de um forte desenvolvimento na área do design de calçado, uma afirmação forte e clara de uma linguagem de marca enquadrada nas necessidades do mercado internacional.   
 
Quais têm sido os maiores desafios?
Os desafios são constantes, uns mais fortes do que outros, porque o mercado assim o exige. Mas respondendo à sua questão, o desafio mais exigente é a procura e desenvolvimento de um design de produto que seja comum a diferentes países, culturas e gostos, sendo esse um dos principais desafios, pois os nossos clientes são exigentes e diversificados.
Estar atento às tendências e implementar novas ideias de design em cada coleção da melhor forma possível dentro do espaço e tempo limitado que é oferecido.
 
Como definiria a Softwaves?
A marca Softwaves para além de estar presente no mercado de uma forma enérgica, com identidade e sempre atual, é uma marca que sempre esteve presente de uma forma afetiva na vida dos nossos clientes.

O que mais aprecio na personalidade desta marca é o que ela provoca no cliente, uma natural vontade de se manter fiel e de manter o desejo e gosto em adquirir mais do que um produto nosso, dado o seu conforto inesgotável e design atraente.
 
De que forma a formação em Arquitetura tem influenciado a identidade da marca?
O meu percurso profissional em Arquitectura influencia tudo o que faço. Existe uma forma específica de pensar e ver, uma metodologia inerente ao processo criativo, que influencia diretamente todo o trabalho que possa ser executado, principalmente na área do design, em que o pensamento pragmático, técnico e artístico de um arquitecto reflete-se na sua obra, seja ela qual for.
 
Que conselho daria a um jovem que está a começar?
Não diria conselho, porque acho que os conselhos são sujeitos a várias interpretações, mas posso afirmar com convicção, que é preciso querer, querer muito. Num caminho profissional existe muito a fazer para conseguir atingir determinadas metas do plano e mantê-lo ativo, por isso é preciso ser resiliente, gostar do que se faz, querer muito e correr atrás.