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Indústria do calçado procura profissionais em áreas alargadas

Indústria do calçado procura profissionais em áreas alargadas

22 Jun, 2021

CFPIC forma anualmente dezenas de novos profissionais


Todos os anos saem do Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado dezenas de talentos. Alunos que se preparam para fortalecer uma indústria que conta já com 40 mil trabalhadores. Do design à produção, da gestão do departamento comercial, o papel do CFPIC é transversal e tem como objetivo formar a nova geração da indústria de calçado em Portugal.

“É muito relevante que se aposte na boa formação de profissionais do setor do calçado, desde o chão de fábrica até ao pensador dos modelos e, não menos importante, que se valorizem essas funções. Daí a importância de uma formação de excelência devidamente reconhecida e credenciada como a do CFPIC”. As palavras são de Fernanda Nunes que acaba de concluir a formação em Comércio Internacional. “A oportunidade para ingressar no CFPIC surgiu numa altura de mudança na minha vida, em que ou arriscava ou permanecia estagnada numa situação laboral que não se enquadrava com as minhas capacidades”.

A aluna concluiu o curso de Comércio Internacional e acredita que foi uma mais--valia para o percurso profissional. Agora, “as ambições passam por fazer crescer o departamento comercial da empresa e crescer como comercial, pondo em prática tudo o que aprendi nesta formação com todos os formadores e com o programa curricular apresentado no CFPIC que, aliás, recomendo a quem queira progredir em termos de formação profissional".

Fernanda acredita que “o setor do calçado está em franca expansão, não só pelo Design, mas também pela qualidade do calçado que se produz em Portugal. Cada vez mais se associa a Portugal dinamismo, irreverência e produção feita com cuidado e amor, fundamental para a procura de investidores estrangeiros e, também muitos
consumidores do produto de excelência que é o sapato português”.     

Sérgio Mateus é outro aluno que concluiu a formação no CFPIC. Decidiu estudar após o término de um ciclo profissional como Representante de Vendas no mercado nacional. Depois de uma licenciatura em Engenharia Agrícola e com a experiência comercial adquirida ao longo de anos na agricultura e nas indústrias da publicidade, química e do papel, Sérgio decidiu frequentar o Curso de Especialização Tecnológica de Técnico Especialista em Comércio Internacional para atuar como Diretor de Exportação numa empresa que reconheça a importância da aposta na internacionalização.

Sérgio acredita que o setor do calçado deve “continuar a apostar na qualidade dos seus produtos, diversificando mercados internacionalmente, sempre atento às tendências e a temas como a economia circular, entre outros”.
Para Marco Silva o interesse no universo dos sapatos não é recente, tendo já trabalhado numa produção. No entanto, o sonho do Exército falou mais alto, onde esteve durante seis anos. De volta à vida civil, o aluno ingressou no CET de Técnico Especialista em Design de Calçado, além de outras formações paralelas. “Todas estas formações foram uma explosão de aprendizagem. Para quem vem de fora deste ramo e realmente mostra interesse em aprender são de facto boas escolhas. Não ficamos a saber tudo, mas saímos com boas bases para o futuro nesta área”. Atualmente o jovem dá apoio a outras marcas de calçado. Não descarta a hipótese de, com tempo, investir num projeto a solo.

“Um dia, quem sabe possa existir mais uma oferta neste mercado. Caso não aconteça, espero pelo menos ter conhecimentos suficientemente bons para passar às futuras gerações, para que este setor nunca 'morra' em Portugal”. Quem gostaria um dia de poder calçar? “Sinceramente nunca pensei nesta pergunta. Não que não tenha ambições, mas depois de tanto esforço focar-me em calçar uma pessoa, é pouco. Talvez gostasse mesmo era de calçar os portugueses, sentir que lhes dá prazer e conforto calçar algo que é um produto nacional. Na minha opinião, não há nada mais satisfatório do que sermos reconhecidos, em primeiro lugar, pelos nossos”. Uma resposta partilhada com João Dias. “Penso que será mais concreto neste momento responder que como objetivo futuro quero dar resposta ao grupo de consumidores que aprecie todos os produtos na área que tenham como preocupação principal a qualidade de um modelo”.
Também aluno do CET de Técnico Especialista em Design de Calçado, João prevê que “depois de finalizar o CET tenho intenções de me formar mais no CFPIC, inclusivamente em modelação para ganhar mais conhecimentos e um dia poder também chegar ao patamar de poder realizar controlo de qualidade, algo que cresci a ver o meu pai fazer e que me ligou muito ao mundo do calçado”. Para o futuro, os planos são traçados a longo prazo. “Tenho como ambição profissional para o meu futuro ser um designer de renome, poder ter a minha própria marca, empresa, destacar Portugal como o pioneiro da sua qualidade de calçado e quem sabe um dia também poder ser um bom técnico de controlo de qualidade e poder garantir a melhor qualidade e fatores tanto de produção como empresariais e financeiros tanto na minha empresa como empresas que tenham como foco qualidade e fiabilidade do produto”.
O segredo para vingar no setor são, para João, “a vontade, gosto, dedicação, trabalho, prática e os estudos”.
Estudou História da Arte durante um ano, mas cedo percebeu que o seu caminho seria outro. Estética e criação sempre foram duas paixões de Ivo Gama e, por isso, escolheu o curso de Design e Calçado do CFPIC. “Os sapatos são um objeto de moda bastante complexo na sua construção e pequeno no seu tamanho o que limita e desafia
a nossa criatividade como designers, aspetos que só começamos a perceber assim que estudamos design de calçado e modelação”.

A ambição é “criar uma marca com o meu nome. Em simultâneo quero também continuar a investir na minha formação estudar modelação de calçado e modelação de marroquinaria. Depois de ter desenhado algumas carteiras para um catálogo percebi que no futuro, quando criar a minha marca, é algo que quero também apostar. Essa formação aliada à experiência profissional serão as bases para a criação de uma marca sólida”.

Ivo vê o futuro do setor assente na formação, sobretudo em áreas estratégicas como o Marketing. “O Marketing tem que estar muito presente nesta indústria, seja na presença em feiras internacionais, bem como parcerias em editoriais de moda utilizando criações de alunos do CFPIC e até oferecer orientação a novas marcas de calçado, organizando desfiles”.

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