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Diário de um desconfinamento: Joaquim Moreira, Felmini

Diário de um desconfinamento: Joaquim Moreira, Felmini

28 Jan, 2022

Nova edição do Diário de um desconfinamento, com Joaquim Moreira, CEO da Felmini


Nesta nova edição da rubrica Diário de um Desconfinamento, falamos com Joaquim Moreira, CEO da Felmini.

“Surgirão novas oportunidades de negócio”

A pandemia trocou literalmente as voltas ao setor do calçado. De que forma se adaptou a sua empresa a este período crítico?
De facto, a pandemia está istalada por todo o mundo e afeta de forma profunda toda a economia a nível mundial. Infelizmente, também não poupou a nossa atividade. Estamos todos preocupados não só com a nossa saúde, como também com a saúde da nossa empresa.

Mas, como se adaptaram nesse período?
Para promover o negócio com os nossos clientes, desenvolver uma relação consciente e genuína, tentando minimizar as limitações de deslocações para eventos ou visitas comerciais, criamos ferramentas digitais tais como vídeos e lookbooks com as melhores ofertas, para que os nossos clientes pudessem encomendar de forma segura. O trabalho de forma digital passou a ser uma realidade mais efetiva.
 
O pior já passou?
Penso sinceramente que sim. À medida que a pandemia vai perdendo força com todas as medidas implantadas pelos sistemas de saúde, diminuem os condicionalismos, aumenta a liberdade de movimentos e, pouco a pouco, retomam-se os níveis de confiança. Naturalmente, que terá de existir uma maior adaptação das empresas a esta nova realidade e novas formas de fazer negócio. Vamo-nos adaptando, aos poucos, a essa nova realidade.
 
Será 2022 um ano de afirmação do calçado português no exterior?
Sim. A Pandemia afetou de forma profunda várias empresas a nível mundial. Infelizmente muitas não se adaptaram e não sobreviveram.

O que mudou no plano internacional?
Existe, nesta altura, uma menor concorrência de países produtores, que assentava baseavam o seu modelo de negócio numa com mão-de-obra mais económica. É notória a procura de alternativas de produção, por parte das grandes marcas no nosso país. Portugal oferece qualidade de produto, serviço, relação de maior proximidade e flexibilidade nas quantidades.
 
Quais são as principais dificuldades que sente nesta altura?
O aumento dos produtos petrolíferos, com implicações no aumento do custo dos transportes, o aumento da inflação, a alta procura para pouca oferta, que se consubstancia nomeadamente em escassez de matéria-prima, fez subir bastante os preços de todos os produtos e componentes em geral. 

E internamente, nas empresas?
As infeções por COVID-19 provocam várias baixas nos quadros operacionais, sejam por infeção ou isolamentos profiláticos. É difícil manter estabilidade produtiva com baixas sucessivas. A otimização e a planificação da produção é nesta altura muito difícil.
 
Passada esta “tormenta”, o que ficou? Antevê alterações ao nível do perfil do consumo ou mesmo da estratégia de subcontratação das grandes marcas internacionais que favoreçam, por exemplo, uma relação de maior de proximidade?
No nosso caso específico, produzimos e comercializamos essencialmente marca própria – a Felmini. De modo geral, antevejo que o pós-pandemia possa abrir novas oportunidades de negócio pela relação de maior proximidade. Portugal produz bem, o nosso produto tem qualidade, temos flexibilidade nas quantidades e somos bastante competitivos na relação preço vá qualidade.

São esses os nossos principais argumentos competitivos?
Sim. Relação de maior proximidade, saber fazer acumulado, qualidade geral do produto, preços competitivos, flexibilidade nas quantidades e cumprimento dos prazos de entregas são alguns dos argumentos que nos distinguem internacionalmente,

A sustentabilidade veio para ficar ou é, na sua opinião, uma moda passageira?
Na minha opinião, a sustentabilidade veio para ficar. Todos temos o dever de repensar a forma como vivemos, hoje em dia, as nossas vidas. O ambiente precisa de ser protegido. Isto apenas poderá ser conseguido se estivermos disponíveis para levar uma vida mais sustentável.
A Felmini tem o compromisso social de fornecer os seus produtos de forma socialmente responsável. A seleção de materiais tem um papel importante, utilizamos peles certificadas LWG, têxtil 50% polyester reciclado e 50% algodão orgânico, embalagens com certificação FSC, solas feitas com materiais reciclados, utilizámos também colas aquosas e muitos outros componentes sustentáveis.
Na Felmini sentimos orgulho, tornamos o produto único, sendo pensado, desenhado, criado e produzido a pensar sempre em quem o calça.
 


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