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Geração 5.0: Joana Esteves, Josefinas

Geração 5.0: Joana Esteves, Josefinas

15 Jan, 2024

Conheça Joana Esteves da Josefinas


Tem formação em Línguas e Tradução na Universidade do Minho e passou recentemente pela formação executiva da Universidade Católica de Lisboa, em Gestão do Luxo. É co-fundadora e responsável pelas Josefinas, uma marca de calçado, criada há 10 anos, e que tem como objetivo principal empoderar mulheres e valorizar o saber-fazer dos mestres sapateiros.

Entrar neste projeto foi uma escolha prioritária? E porquê o setor do calçado?
A entrada neste projeto surgiu fruto das circunstâncias e ainda em contexto universitário, mas acredito que estava destinada a acontecer, pois reuniu a equipa certa no momento certo neste projeto com tanto significado e com um propósito muito vincado.

O setor do calçado e o segmento de luxo são apaixonantes e muito cedo percebi que queria ajudar a calçar sonhos. Até hoje os sapatos não me saem da cabeça e esta aventura tem sido, simultaneamente, desafiante e incrível.

Como definiria a marca e como se distingue as Josefinas no mercado?
A Josefinas continua a fazer a diferença, palmilhando a sua trajetória de crescimento, revelando-se cada vez mais madura e expressiva. Celebrou 10 anos em 2023. Continua, orgulhosamente, a afirmar-se como uma marca digital portuguesa de calçado e malas de luxo criada com o propósito vincado de inspirar e empoderar mulheres, enquanto celebra e perpetua a herança e o savoire-faire português dos nossos mestres sapateiros e artesãos pelos quatro cantos do mundo.

Tem sido aclamada e apoiada por mulheres empenhadas na luta pela igualdade, pelos mais prestigiados meios de comunicação e é a escolha de muitas celebridades e influencers em todo o mundo.

Na Josefinas, acreditamos que cada peça que fazemos é uma obra de arte e, por isso, especial. Defendemos também que apenas com tempo se criam peças extraordinárias e que se eternizam. Trabalhamos com os melhores mestres sapateiros e artesãos que, dotados das mais minuciosas técnicas e usando apenas os melhores e mais nobres materiais, tornam qualquer produto em algo mágico e exclusivo. A nossa missão é determinada pela procura contínua e pelo uso de materiais que contam a nossa história, tradição e cultura e isso é algo que queremos sublimar e perpetuar na atualidade e futuro na história da moda.

A Josefinas continua a desenhar e a construir o seu caminho e trabalha afincadamente a sua internacionalização, sendo que neste momento exporta para mais de 160 países, e ambiciona nos próximos anos, tornar-se uma referência na moda a nível internacional, a par das grandes maisons.

Quais têm sido os maiores desafios até agora?
Apesar de considerarmos que temos tido um percurso de sucesso, enfrentamos sempre dificuldades. A jornada de internacionalização é difícil, os custos legais de proteção da marca são imensos e dificilmente suportáveis para pequenas marcas. Por ainda sermos uma marca “emergente” e com menos capacidade de investimento, torna-se mais difícil promovê-la em mercados internacionais mais competitivos e ferozes. 

 
Recuando até ao início da nossa jornada, recordamos e partilhamos alguns momentos adversos. A Josefinas foi fundada em 2013, num país em plena crise, onde os sonhos eram uma extravagância, porém sempre soubemos que a missão de inspirar e empoderar mulheres através de calçado e malas de criação artesanal e sustentável, que enaltecem o savoir-faire dos nossos mestres sapateiros e artesãos portugueses, com anos de experiência, know-how e dedicação, tinha de ser disseminada, pois trata-se de um legado que é fundamental continuar a preservar.

Ao longo do caminho, foi nos momentos de dificuldade, que nos reinventámos e superámos. Durante o contexto pandémico deu-se uma mudança de paradigma na vida de todas as empresas, e a Josefinas, que já tinha um modelo de negócio digital, registou um período de crescimento. No entanto, os pequenos negócios que apoiávamos, como o dos artesãos, foram mais afetados, pelo que o facto de o nosso trabalho continuar a fluir e a aumentar, permitiu-nos apoiar estes negócios tão sui generis a manter as suas dinâmicas e estruturas.           

Que conselho daria a um jovem que está a começar?
Atualmente, acreditamos que é cada vez mais importante refletir e apostar na construção de um projeto/marca com “pés e cabeça”.
Identificar lacunas e necessidades do mercado e definir claramente uma identidade para a marca/projeto são passos importantes: O que a torna única? Qual é a sua proposta de valor? É crucial que tenha uma narrativa que ressoe com o seu público-alvo.

Acreditamos que cada jornada é única e a experiência é a melhor orientadora.

A adaptação às mudanças, a aprendizagem com os erros, mantendo o foco consistente nos objetivos são componentes essenciais para o sucesso.
“O caminho faz-se caminhando.” Só nos cabe dar o primeiro passo e fazer a magia acontecer.

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