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Cluster do calçado investe 94,4 milhões de euros

Cluster do calçado investe 94,4 milhões de euros

19 Set, 2018

No âmbito do quadro comunitário de apoio Portugal 2020, o cluster do calçado viu aprovados investimentos na ordem dos 94,4 milhões de euros. Até junho de 2018, estiveram envolvidas 273 empresas de calçado nos projetos do PT 2020, com um volume de vendas de 1100 milhões de euros – cerca de 50% do total da produção do cluster.

Estas empresas são responsáveis por 13 mil trabalhadores. O montante global de investimento aprovado foi de 94,4 milhões de euros, sendo as principais tipologias de investimentos ‘Feiras e Marketing’- 53 milhões de euros, ‘Equipamentos e Edifícios’ – 25 milhões de euros, ‘Investigação e Desenvolvimento’ – 8,2 milhões.

“Estes investimentos estão em linha com o nosso Plano Estratégico”, considerou Luís Onofre, Presidente da APICCAPS, e são uma “prova inequívoca de que o setor do calçado em Portugal está fortemente empenhado em preparar uma nova vaga de crescimento”.

O FOOTure 2020, plano estratégico do setor do calçado, previa que a intervenção das empresas portuguesas se centrasse em três eixos estratégicos: internacionalizar e comunicar, inovar e qualificar e rejuvenescer. Distribuindo os investimentos realizados, podemos concluir que o eixo ‘Internacionalizar e Comunicar’ representa 57,4% dos investimentos das empresas, o que se traduz em 54,3 milhões de euros. Segue-se o eixo da Inovação 34,2 % (32,3 milhões de euros) e Qualificar e Rejuvenescer com 8,4% dos investimentos (8 milhões de euros. )

Coincidindo no tempo com a implementação do FOOTure 2020 foi lançado, recentemente, o programa FOOTure 4.0, com o objetivo de capacitar a indústria de conceitos e tecnologias da indústria 4.0. Os investimentos direcionados a este projeto têm, neste momento, uma quota de 30,3 milhões de euros do montante global, sendo que a o eixo do Fabrico inteligente, tem neste momento um investimento aprovado de 16,2 milhões de euros.


Para Leandro de Melo “a aposta na inovação tem evoluído de forma adequada e de acordo com os parâmetros sugeridos pelos especialistas”. Em termos práticos, “a inovação eficiente, geradora de valor, tem de cobrir três parâmetros fundamentais: criatividade, conhecimento e marketing”. Por outras palavras mais ligadas à semântica do setor “é necessário associar o design, com as funcionalidades e o marketing dos produtos”.

E é isto que o cluster tem feito e continua a fazer: “conceber novas coleções, com moda e design, e apresentá-las nas principais feiras mundiais”. Simultaneamente, “investe em marketing e comunicação junto dos mercados alvo e dos nichos mais recetivos à aquisição do calçado português”, considera Leandro de Melo. De acordo com o Diretor Geral do Centro Tecnológico do Calçado de Portugal (CTCP), o setor tem vindo, igualmente a reforçar “os investimentos na melhoria da organização industrial e na otimização dos processos fabris garantindo que Portugal continua a ser uma indústria de excelência de nível mundial”. O desenvolvimento de novos materiais e processos que permitam a produção de novos tipos de calçado com funcionalidades adequadas aos consumidores de hoje, muito sensíveis, aos produtos ecológicos, sustentáveis, biodegradáveis e de reduzida pegada carbono é outra das áreas-chave de investimento do setor.

“Não é surpresa que a generalidade das empresas participe ativamente em feiras internacionais e em ações de marketing dirigidas aos mercados externos (57% do investimento), nem surpreende que um número significativo de empresas invista em novos equipamentos e tecnologias fabris para melhorar a competitividade e aumentar a flexibilidade (34% do investimento total)”. Por último, para o responsável do CTCP “é relevante que as principais empresas produtoras de novos materiais e os fabricantes de bens de equipamento para o cluster, se associem a Universidades e Centros de Investigação e a empresas de calçado, formando consórcios alargados responsáveis pela execução de projetos de investigação e desenvolvimento setoriais”.

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