O que mudou em 50 anos?
A Revolução de 25 de Abril, também conhecida como Revolução dos Cravos, foi bem mais do que um movimento político que depôs a ditadura e culminou com a implantação de um regime democrático. Para a sociedade portuguesa, foi a maior promessa de esperança. Para alguns setores de atividade, como o calçado, foi mesmo começar de novo.
Em 1974, existiam em Portugal pouco mais de 600 empresas, responsáveis por 15 mil postos de postos de trabalho.
Pouco tempo depois, surgia a APICCAPS. No seu primeiro plano estratégico, corria o ano de 1978, Miguel Cadilhe e Manuel Baganha faziam a primeira radiografia ao setor. “Um enredamento intersetorial que, nos inputs, permite um abastecimento irregular em qualidade, quantidade e preços, e que, nos outputs, sofre a irracionalidade de um mercado interno atomizado; uma concorrência não salutar que resulta do predomínio de unidades de produção infradimensionadas, muitas das quais em regime pré-industrial; uma gestão carecida de métodos e técnicas modernas, uma organização deficiente e, com efeito, uma produtividade relativamente baixa”. Começou assim um caminho de pensamento estratégico e estruturado que fez a diferença na história da indústria portuguesa de calçado.
Cinco décadas depois, a indústria portuguesa de calçado é constituída por aproximadamente 1200 empresas (crescimento de 74% desde o 25 de abril), responsáveis por 33 mil postos de trabalho (crescimento de 116%).
Portugal exporta atualmente 90% da sua produção, o equivalente a 74 milhões de pares (crescimento de 1170% desde a Revolução dos Cravos), no valor de 1900 milhões de euros (crescimento de 54 533%), e contribui positivamente com 1300 milhões de euros para o equilíbrio da balança comercial portuguesa.
Portugal é um dos únicos países da Europa onde a atividade produtiva de calçado não tem diminuído. Os dados mais recentes, mostram que o núcleo industrial do cluster, composto pelas indústrias do calçado, dos componentes para calçado e dos artigos de pele, representa 6% do emprego nas indústrias transformadoras portuguesas e 3,2% do seu valor acrescentado. O cluster apresenta uma elevada concentração geográfica e, no Norte do país, o seu contributo para as indústrias transformadoras ascende a 10,9% do emprego e 7,1% do valor acrescentado. Estes valores sobem para 29,8%% e 28,5% na comunidade intermunicipal do Tâmega e Sousa, onde se situa uma elevada percentagem das empresas do cluster. Representam ainda 2,6% do total de exportações nacionais de bens.
O setor de calçado renovou, recentemente, a sua visão. Para a próxima década ambiciona “ser a referência internacional da indústria de calçado e reforçar as exportações portuguesas, aliando virtuosamente a sofisticação e criatividade com a eficiência produtiva, assente no desenvolvimento tecnológico e na gestão da cadeia internacional de valor, assim garantindo o futuro de uma base produtiva nacional, sustentável e altamente competitiva”.
O novo Plano Estratégico do Cluster do Calçado 2030 publicamente apresentado definiu quatro prioridades (Qualificação de Pessoas e Empresas; Produtos e Processos Sustentáveis; Flexibilidade e Resposta Rápida; Presença Ativa nos Mercados), 24 medidas e 113 ações concretas para reposicionar o setor na cena competitiva internacional. Nesse processo serão investidos 600 milhões de euros, numa nova prova de confiança no futuro.
Em 1974, existiam em Portugal pouco mais de 600 empresas, responsáveis por 15 mil postos de postos de trabalho.
Pouco tempo depois, surgia a APICCAPS. No seu primeiro plano estratégico, corria o ano de 1978, Miguel Cadilhe e Manuel Baganha faziam a primeira radiografia ao setor. “Um enredamento intersetorial que, nos inputs, permite um abastecimento irregular em qualidade, quantidade e preços, e que, nos outputs, sofre a irracionalidade de um mercado interno atomizado; uma concorrência não salutar que resulta do predomínio de unidades de produção infradimensionadas, muitas das quais em regime pré-industrial; uma gestão carecida de métodos e técnicas modernas, uma organização deficiente e, com efeito, uma produtividade relativamente baixa”. Começou assim um caminho de pensamento estratégico e estruturado que fez a diferença na história da indústria portuguesa de calçado.
Cinco décadas depois, a indústria portuguesa de calçado é constituída por aproximadamente 1200 empresas (crescimento de 74% desde o 25 de abril), responsáveis por 33 mil postos de trabalho (crescimento de 116%).
Portugal exporta atualmente 90% da sua produção, o equivalente a 74 milhões de pares (crescimento de 1170% desde a Revolução dos Cravos), no valor de 1900 milhões de euros (crescimento de 54 533%), e contribui positivamente com 1300 milhões de euros para o equilíbrio da balança comercial portuguesa.
Portugal é um dos únicos países da Europa onde a atividade produtiva de calçado não tem diminuído. Os dados mais recentes, mostram que o núcleo industrial do cluster, composto pelas indústrias do calçado, dos componentes para calçado e dos artigos de pele, representa 6% do emprego nas indústrias transformadoras portuguesas e 3,2% do seu valor acrescentado. O cluster apresenta uma elevada concentração geográfica e, no Norte do país, o seu contributo para as indústrias transformadoras ascende a 10,9% do emprego e 7,1% do valor acrescentado. Estes valores sobem para 29,8%% e 28,5% na comunidade intermunicipal do Tâmega e Sousa, onde se situa uma elevada percentagem das empresas do cluster. Representam ainda 2,6% do total de exportações nacionais de bens.
O setor de calçado renovou, recentemente, a sua visão. Para a próxima década ambiciona “ser a referência internacional da indústria de calçado e reforçar as exportações portuguesas, aliando virtuosamente a sofisticação e criatividade com a eficiência produtiva, assente no desenvolvimento tecnológico e na gestão da cadeia internacional de valor, assim garantindo o futuro de uma base produtiva nacional, sustentável e altamente competitiva”.
O novo Plano Estratégico do Cluster do Calçado 2030 publicamente apresentado definiu quatro prioridades (Qualificação de Pessoas e Empresas; Produtos e Processos Sustentáveis; Flexibilidade e Resposta Rápida; Presença Ativa nos Mercados), 24 medidas e 113 ações concretas para reposicionar o setor na cena competitiva internacional. Nesse processo serão investidos 600 milhões de euros, numa nova prova de confiança no futuro.