Apesar da esperada quebra das vendas, 83% dos gestores inquiridos sinalizam que pretendem manter ou aumentar os seus recursos humanos e 61% manifestam a intenção de manter ou aumentar o investimento.
“Estes dados traduzem um esforço considerável por parte das empresas, especialmente se tivermos em conta que as perspetivas de negócios, de venda de produtos e serviços, são preocupantes”, afirmou o presidente da CIP, António Saraiva.
O inquérito indica que a avaliação que os empresários e gestores fazem dos apoios do Estado mantém-se negativa, em linha com o registado em setembro. No total, quatro em cada cinco gestores e empresários consideram que estão aquém ou muito aquém do necessário, numa altura em que já se conhece a proposta de orçamento do Estado para 2021.
As conclusões mostram, ainda, que 86% das empresas estão já em pleno funcionamento, mas que 13% se encontram, ainda, parcialmente encerradas. Mais de metade das empresas (56%) registaram uma quebra das vendas em setembro, face a igual mês de 2019, sendo a queba média da ordem dos 36%.
“A recuperação económica tem sido lenta e assimétrica e os resultados do inquérito comprovam-no, uma vez mais”, refere António Saraiva. “No entanto, quero apontar aqui o esforço que tem sido feito pelas empresas, para abordarem novos mercados e novas tipologias de comercialização, reagindo à adversidade e dando provas de resiliência”, acrescentou.
Segundo o inquérito, 40% das vendas estão a ser feitas a novos clientes e estes representaram já, em setembro, 14% das vendas.
Este inquérito integra a segunda fase do Projeto Sinais Vitais, desenvolvido com o objetivo de recolher informação atualizada sobre a posição dos responsáveis pelas empresas portuguesas e sobre o impacto que diferentes situações têm nestas, no quadro da situação de exceção provocada pela pandemia de covid-19.
Conheça os resultados aqui.
https://cip.org.pt/wp-content/uploads/2020/06/20.10.19-CIP-2%C2%AA-fase_Sinais-Vitais-Marketing-FutureCast-Lab.pdf