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A nova geografia das exportações

A nova geografia das exportações

26 Jul, 2019

Aruba, Honduras, Mauritânia, Nepal ou Uzebequistão. Estes são apenas cinco dos novos destinos do calçado português. Na última década, as exportações portuguesas de calçado chegaram a 43 novos mercados. Atualmente, Portugal exporta, por ano, mais de 80 milhões de pares de calçado, para 163 países. O crescimento das exportações na última década ascendeu a 47% para 1904 milhões de euros. Mas há novos dados que vale a pena descobrir.

Em 2008, França (345 milhões de euros exportados), Alemanha (263 milhões), Holanda (159 milhões), Reino Unido (127 milhões) e Espanha (123 milhões) perfilavam-se como os cincos mercados mais relevantes para o calçado português. A Europa como um todo representava 92% das exportações portuguesas de calçado. Uma década depois, o cenário altera-se de forma significativa. Ainda que França, Alemanha e Holanda permaneçam como mercados de referência, são os mercados extracomunitários (14% das exportações em 2018) o grande motor do crescimento do calçado portugueses. Com efeito, as exportações para fora do espaço europeu cresceram 177% (praticamente duplicou o seu peso relativo) na última década e mercados como os EUA (crescimento de 536% para 70 milhões de euros no final de 2018), Canada (acréscimo de 367% para 31 milhões de euros), Rússia (mais 90% para 28 milhões) e China (crescimento de 1105% para 23 milhões de euros) passaram a ser promessas de um mundo melhor.

Em quantidade, o crescimento das exportações é menos expressivo, mas não menos importante: em 2018, Portugal exportou 83,8 milhões de pares de calçado, mais 29,6% do que uma década antes.

Para que esse desempenho fosse possível, importa realçar que, na última década, o número de empresas cresceu 4,9% para 1476. Também o número e trabalhadores cresceu, desta feita 11,9%, para 39 603 colaboradores no final de 2018. De 2008 a 2018 foram criados, apenas na indústria de calçado, 400 novos postos de trabalho por ano. Números que se revelam, ainda, mais expressivos se considerada a fileira como um todo. Com efeito, no setor de componentes para calçado (crescimento de 35% para 5 514 colaboradores) e de artigos de pele (mais 48% para 1 871) foram criados mais de dois mil postos de trabalho.

Ainda no domínio do comércio externo, destaque para o excelente desempenho do setor de artigos de pele e marroquinaria. Numa década, as vendas ao exterior triplicaram, (passaram de 51 para 153 milhões de euros), com Espanha (55 milhões), França (34 milhões) e Itália (7 milhões) a assumiram-se como mercados de referência.

Também o setor de componentes para calçado reforçou o seu processo de internacionalização, com as vendas a ascenderem a 54 milhões de euros no final de 2018 (crescimento de 20% numa década), Alemanha (11, 6 milhões de euros), França (10,4 milhões) e Espanha (9,5 milhões) são os principais destinos.

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