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Absentismo dispara

Absentismo dispara

6 Nov, 2020

Aumento de absentismo na indústria


O aumento do absentismo está a colocar as empresas, literalmente, à beira de estado de nervos.

No âmbito do “Inquérito COVID-19”, que o Gabinete de Estudos da APICCAPS promove junto do universo das suas empresas e ao qual responderam, nos últimos dias, 79 empresas, responsáveis por 22% do emprego e 29% das exportações do setor, o aumento do absentismo é o principal foco de tensão e triplicou, mesmo, nas duas últimas semanas.

Estima-se que, nesta altura e em média, cerca de 4. 000 trabalhadores não estejam a exercer as funções profissionais, não comparecendo nas empresas. “Quarentena decretada pela DGS” (30% das ausências), “Assistência à família” (13%) e “Quarentena Voluntária” são as principais causas destas ausências, consideradas relevantes ou muito relevantes por 63% das empresas.

Estas ausências assumem mais relevância se considerado que praticamente 80% das empresas têm, nesta fase, várias solicitações internacionais. Das respostas obtidas, 27% das empresas têm trabalho para um mês, 35% encomendas para 2 meses e 18% para mais de três meses.


Ânimo vs  indefinição

Apesar da recuperação ao longo das últimas semanas – dados do INE apontam mesmo para um ligeiro crescimento das exportações em agosto, quando comparadas com o mesmo mês do ano anterior -  uma parte significativa das empresas (52%) prevê ainda que nos próximos seis meses tenha de suspender as atividades produtivas. O clima de incerteza é a grande preocupação de um  setor que exporta mais de 95% da sua produção para 163 países, nos cinco continentes Dezasseis por cento das empresas prevê que a eventual suspensão da atividade possa ter uma duração superior a um mês.

Há a assinalar um reforço da carteira de encomendas desde junho, mas que não será suficiente para compensar a quebra abrupta do início do ano e, em particular, no segundo trimestre. Com efeito, assinala-se uma perda da atividade na ordem dos 30% sustentada ao longo dos últimos meses.

Recorde-se que dados do World Footwear apontam para uma quebra do consumo mundial de calçado de 22,5% este ano. Uma quebra que ser ainda mais agravada na Europa (27,5). Em termos práticos, 5 000 milhões de pares de calçado deixarão de ser comercializados este ano em todo o conjunto, afetando todos os principais grandes players.



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