Novas medidas são anunciadas hoje
A especialista considera que o país já se encontra em condições de passar para um nível de menores medidas restritivas. As propostas de Raquel Duarte foram apresentadas na reunião que juntou peritos e políticos no Infarmed, em Lisboa. O Governo anunciará as medidas finais hoje, após o Conselho de Ministros.
O secretário de Estado Adjunto e da Saúde disse ontem que é de esperar “alívio nas restrições” impostas pela pandemia de COVID-19, mas que esse alívio será “progressivo, gradual, cauteloso”. Depois da sessão no Infarmed, António Lacerda Sales notou que os indicadores, “quer ao nível da incidência, quer ao nível do índice de transmissibilidade, quer ao nível da pressão sobre os serviços de saúde, são bons”.
Segundo avança o jornal Público, o plano de Raquel Duarte é composto por dois níveis, 0 e 1, com avaliação quinzenal, sendo que o nível 1 pode começar já.
- Certificado Digital: deve passar a ser exigido apenas em contextos de saúde ocupacional.
- Máscaras: tudo se deverá manter. As máscaras devem continuar a ser obrigatórias em locais interiores públicos, serviços de saúde, transportes públicos e TVDE e locais exteriores com concentração elevada de pessoas. No nível 1, prevê-se o fim de limitações nos locais de trabalho e em estabelecimentos comerciais, assim como nos bares e discotecas.
- Testagem: em vez da actual estratégia de testagem maciça, deve ser criada uma “rede sentinela” e favorecidas populações de maior vulnerabilidade, funcionários de pré-escolar, locais de maior risco de transmissão, sintomáticos em contexto de diagnóstico.
- Máscara: não será obrigatória, mas apenas recomendada para quem tem sintomas
- certificado digital: deixa de ser exigido.
- Testagem: será apenas feita com o apoio de uma rede sentinela.
- Fronteiras: devem manter-se as regras actuais, passando-se a cumprir as regras internacionais na passagem para o nível zero.
Graça Freitas não teceu comentários sobre uma eventual quarta dose da vacina. “É muito prematuro. É melhor pensarmos que temos que terminar agora o reforço daqueles que ainda precisam de fazer o reforço, continuar a vacinar aqueles que entram de novo no sistema com o seu esquema de vacinação primário e continuar a projetar os meses futuros”, disse. “Vamos ter que ter muita calma, agora e no futuro”. Este “é um vírus novo e ainda é muito recente” e que os países que já aliviaram mais “em qualquer momento podem ter que inverter essas medidas”.