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APICCAPS e Centro de Formação alinham esforços

APICCAPS e Centro de Formação alinham esforços

3 Fev, 2023

Qualificação é a grande prioridade do setor


“Qualificar as nossas empresas é o nosso grande imperativo”. A frase é de Luís Onofre na apresentação pública do Plano Estratégico do Cluster do Calçado para 2030. Associação e Centro de Formação Profissional da Indústria de Calçado (CFPIC) estiveram já reunidos, «acertaram agulhas», e ultimaram planos de ação.  

“A qualificação de pessoas e empresas é o primeiro e, de alguma forma, o mais importante eixo do plano estratégico”, pode-se ler no documento. “Mais importante porque é condição indispensável para que os outros se possam cumprir e ser bem-sucedidos. Sem pessoas e empresas qualificadas, mais qualificadas, não será possível desenvolver produtos e processos sustentáveis. Não será possível reforçar a flexibilidade e rapidez de resposta das nossas empresas. Não será possível ter uma presença ativa nos mercados internacionais. Sem pessoas e empresas mais qualificadas estaremos limitados a repetir o que já fizemos, o que, no contexto desafiante que enfrentamos, não é suficiente”.

Por esse motivo, “a qualificação dos atuais protagonistas do cluster e a atração de novos protagonistas é um desafio premente. Apesar da evolução muito positiva ocorrida nas últimas décadas, o nível de qualificações predominante no cluster continua a ser insuficiente, o que se reflete nos nossos níveis de produtividade: o cluster português de calçado, como a generalidade da indústria portuguesa, tem níveis de produtividade que ficam bem aquém dos nossos concorrentes europeus. Não porque os portugueses trabalhem pouco: em média, trabalhamos mais horas do que esses concorrentes. A nossa produtividade é mais baixa do que a deles porque produzimos menos por hora trabalhada e, sobretudo, porque não conseguimos que os mercados valorizem igualmente aquilo que produzimos. Sem prejuízo do que também há a melhorar a esse nível, não é ao nível do desempenho individual, é ao nível do marketing e da gestão da produção que se joga a possibilidade de termos uma indústria que gere mais valor e, consequentemente, possa remunerar melhor empresários e trabalhadores. É, portanto, por cima, ao nível da empresa e da sua gestão, que tem de começar o esforço de qualificação”.

No mesmo documento pode-se ler que “ao nível individual, nas últimas décadas o cluster reduziu para 10% a quota de trabalhadores não qualificados, substituindo-os progressivamente por trabalhadores semiqualificados e qualificados. No entanto, falta ainda qualificar 34% dos seus ativos e modernizar muitos dos já qualificados para fazer face a novos desafios tecnológicos e organizacionais”.

Para Luís Onofre, “o setor precisa de ser capaz de atrair recursos humanos mais qualificados”, para que seja possível “ser a referência internacional da indústria de calçado e reforçar as exportações portuguesas, aliando virtuosamente a sofisticação e criatividade com a eficiência produtiva, assente no desenvolvimento tecnológico e na gestão da cadeia internacional de valor, assim garantindo o futuro de uma base produtiva nacional, sustentável e altamente competitiva”.

Para Paula Gil “a existência de Recursos Humanos qualificados é, inequivocamente, a base da competitividade das empresas”. “O setor – continuou a  diretora geral do Centro de Formação -  no âmbito do novo documento estratégico atribuiu importância primordial à qualificação das pessoas”.

Por esse motivo, “e considerando a qualificação dos atuais protagonistas e a necessidade de atração de novos protagonistas do cluster, como um desafio premente, a APICCAPS e o CFPIC encontram-se a implementar o plano formativo para 2023, que prevê abranger várias áreas como a formação de ativos empregados, que será realizada, preferencialmente, no posto de trabalho, a formação de desempregados para suprir falta de mão de obra, designadamente, no setor produtivo, em todas as áreas de produção, corte, costura, montagem e acabamento e também na marroquinaria e a formação de gestores e empresários em competências transversais, como a liderança, comunicação, entre outras”. Acresce que “a formação desenvolvida e à medida será trabalhada individualmente com cada empresa, sem quaisquer custos para as empresas”.


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