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Arrancou ontem Semana da Responsabilidade Ambiental

Arrancou ontem Semana da Responsabilidade Ambiental

2 Fev, 2021

Sessão contou com o Ministro do Ambiente e da Transição Energética


Arrancou ontem a Semana da Responsabilidade Ambiental, uma iniciativa conjunta entre a APICCAPS e o CTCP.O evento virtual contou com a presença do Ministro do Ambiente e da Transição Energética na abertura. João Matos Fernandes defendeu que o setor do calçado é um dos que mais se destaca no caminho da sustentabilidade.

“Tendo em conta o volume de negócios, dimensão do emprego e o peso das exportações, o setor do calçado portou-se melhor do que outros setores, seja na procura de novos produtos, de novos mercados, seja na forma como combateu o anúncio de uma morte anunciada preconizada há uns anos fruto da globalização. De facto, hoje o calçado português é reconhecido no mundo fora”.

Para Luís Onofre importa agora fazer um balanço do Plano de Ação apresentado na Lipor. “Trata-se de um documento ímpar na economia portuguesa, ao procurar criar um pensamento setorial estruturado, visando responder, de uma forma integrada, aos diferentes domínios da sustentabilidade. Este documento é uma ferramenta essencial para o reposicionamento estratégico do sector na cena competitiva internacional”, disse o Presidente da APICCAPS.

“O nosso objetivo – defendeu Luís Onofre - é que a indústria portuguesa de calçado seja líder no desenvolvimento de soluções sustentáveis”. Desenvolvimento de novos materiais, rastreabilidade das matérias-primas, informações sobre os produtos, pegada ambiental dos produtos ou eficiência energética são algumas das ações a desenvolver.

De seguida, Maria José Ferreira, do CTCP, apresentou os resultados do Plano de Ação lançado em dezembro de 2019.  Para a responsável do CTCP, o desenvolvimento sustentável deve ser implementado de forma equilibrada e, por esse motivo, este plano está dividido em três eixos fundamentais. (Planeta, Pessoas e Empresas). No total dos eixos, o plano apresenta mais de 12 medidas, distribuídas por cerca de 50 ações.

De seguida, foi apresentada a entrevista de Hulya Sevindik. “Na H&M, trabalhamos continuamente para tornar o nosso modelo de negócio mais sustentável, para crescermos a longo prazo, ao mesmo tempo que procurarmos dar um contributo positivo ao mundo enquanto grupo”. Para a Diretora de desenvolvimento de marketing para a H&M, em termos de objetivos, em primeiro lugar está o clima. “O nosso objetivo a curto-prazo é atingir a neutralidade climática na nossa cadeia de abastecimento em 2030, ou seja, num período de 10 anos. Esperamos alcançar um impacto climático global positivo na cadeia de valor  em 2040”. Por outro lado, o grupo tem uma preocupação crescente com os químicos: “atingimos 100% de conformidade MRSL nas cadeias de abastecimento de têxteis e pele em 2020. Pretendemos chegar ao mesmo resultado em todas as categorias de produto em 2025”. No que diz respeito aos materiais, “alcançamos a utilização em 100% de algodão sustentável, em 2020. Em 2030, esperamos que todos os nossos produtos sejam provenientes de recursos recicláveis ou outras fontes sustentáveis. Toda a nossa pele animal será sem crómio e originária de fontes mais responsáveis”.

Por outro lado, o grupo internacional está preocupado com as embalagens. “Todas as embalagens desenhadas e produzidas pelo grupo H&M deverão ser reutilizáveis e recicláveis em 2025. Todas as nossas embalagens serão feitas de material reciclável, ou outro sustentável (embora tenhamos preferência pelo reciclável), em 2030. Sobre a água. Queremos reduzir a utilização da água na produção em 25% até 2022, considerando o limite superior de 2025”.

De seguida, Adriana Mano da Zouri abriu as ‘hostilidades’ e ressalvou a importância de associar sustentabilidade À vertente humana. “Não podemos falar de sustentabilidade sem falar holisticamente sobre vários pontos. Por exemplo, a localização das produções, a garantia de um comércio justo, etc”.

Para Ana Maria Vasconcelos, que partilhou da visão de Adriano Mano, acrescentou que “os países como a India e Vietname também precisam de produção para sobreviver”, e por isso a produção de grandes marcas nestes países é relevante nesse sentido. “É preciso tomar atitudes e definir uma estratégia de sustentabilidade nas empresas é essencial”.

“Mas é relevante dizer que os materiais são mais caros e que os produtivos alternativos têm valores mais elevados e, por isso, as margens estão a baixar”. Importa, por isso, fazer um caminho conjunto através, por exemplo, da transformação da energia das empresas.

Hugo Pinto destacou a importância de atingir a neutralidade ambiental. “A Itaflex tem realizado um caminho semelhante ao da H&M. Temos reciclado e reaproveitado materiais, sem nunca comprometer a qualidade final dos nossos produtos”.

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