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Brasil arrebita no exterior e reivindica “proteção” aos produtos asiáticos

Brasil arrebita no exterior e reivindica “proteção” aos produtos asiáticos

3 Fev, 2022

Indústria brasileira de calçado recupera


A indústria brasileira de calçado recuperou a um bom ritmo em 2021. De acordo com a Associação Brasileira da Indústria de Calçado (Abicalçados), a recuperação foi particularmente acentuada na segunda metade do ano, totalizando vendas externas de 123 milhões de pares, num valor próximo dos 900 milhões de dólares. Relativamente a 2020, assinala um acréscimo tanto em volume (32%), quanto em valor (36,8%). Em comparação ao período anterior à pandemia, as exportações brasileiras aumentaram 7,3% em quantidade, mas 7% em valor.

Haroldo Ferreira, diretor executivo da Abicalçados, assume que “em 2021, as exportações foram o principal responsável pela recuperação do setor”. Alterações cambiais e bom desempenho nos “states” foram determinantes para este desfecho. Para 2022, o calçado brasileiro espera “crescer mais 5% nos mercados externos", previu.

Os Estados Unidos da América (15 milhões de pares) foram o mercado de referência para o calçado brasileiro em 2021, seguidos de Argentina (13,4 milhões de pares). A terminar o pódio surge a França, com 7 milhões de pares.

De acordo com World Footwear Yearbook, o Brasil é o 5º produtor mundial de calçado. Em 2020, produziu 764 milhões de pares de calçado. Desses, 94 tiverem como destino os mercados internacionais, a um preço médio de 7,02 dólares o par. Proteger o mercado doméstico das importações asiáticas é uma das grandes preocupações atuais. Por esse motivo, a Abicalçados reuniu com autoridades governamentais para solicitar a manutenção da Tarifa Externa Comum do Mercosul (TEC) para o calçado importado da Ásia. Simultaneamente, reivindicaram a renovação e expansão das medidas antidumping contra produtos chineses, vietnamitas e indonésios. A proposta da Associação ao ministro do Ministério das Relações Exteriores (MRE), embaixador Carlos Alberto Franco França, realizado recentemente em Brasília, recordou que o setor emprega 340 mil trabalhadores.

“A indústria brasileira de calçado é forte e tem condições para competir em qualquer mercado, mas é altamente prejudicada pelo desenvolvimento dos custos de produção que são muito superiores aos praticado pelos nossos principais concorrentes, principalmente os países asiáticos”, destacou Haroldo Ferreira. “Somos a favor do mercado livre, mas não tolerarmos a concorrência desleal que coloca em risco a nossa atividade e de milhares de empregos no Brasil”. Por isso, a Abicalçados requereu a continuidade dos direitos antidumping aplicados ao calçado chinês, que terminaram no final do ano passado, e a abertura de novos processos ao Vietname e a Indonésia. Os três países, em conjunto, representam 60% do calçado importado pelo Brasil.



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