Começa domingo maior feira de calçado do mundo
Depois de meses atípicos, de um inesperado confinamento, a indústria de calçado está, de regresso, aos grandes palcos. A partir do próximo domingo, inicia-se em Milão, mais uma edição da MICAM. Uma edição muito esperada, em virtude de dezenas de cancelamentos de eventos internacionais nos últimos meses.
A MICAM arranca, ainda, a um ritmo modesto, com 500 expositores (longe dos 1.600 do passado recente). Portugal estará representado por 33 empresas, cerca de metade das que integraram a última edição, ao qual se associarão outras nove na Lineapelle, a feira de componentes para calçado de referência, que assumirá a designação “A New Point of View”.
Ambos os eventos terão bastantes condicionamentos, em especial no que se refere a medidas de higiene e segurança, nomeadamente o uso obrigatório de máscara, medição da temperatura à entrada e saída dos certames, limpeza e higienização dos stands várias vezes ao dia.
Para Tomasso Cancellara, CEO da Micam “esta edição assumirá um significado particular, pois será uma oportunidade importante para todos restabelecerem laços com o mercado e criarem novas oportunidades, em total segurança”.
Apenas com dois dias, 22 e 23 de setembro, o evento dedicado aos componentes também terá configurações diferentes para responder às necessidades de segurança. “As empresas vão expor em stands uniformizados e os corredores terão indicações de entrada/saída para evitar ajuntamentos. Todas as medidas de segurança prescritas serão adotadas, para garantir a segurança total de todos os participantes, visitantes e staff de apoio”, diz a organização da feira.
A presença em certames internacionais insere-se na estratégia promocional definida pela APICCAPS e AICEP, com o apoio do Programa Compete 2020, e visa consolidar a posição relativa do calçado português nos mercados externos.
Aumentar as exportações, abordar novos mercados, contactar com novos clientes e testar novos produtos são alguns dos objetivos desta ofensiva promocional.
A promoção comercial externa é uma das grandes prioridades para a indústria portuguesa de calçado, que coloca no exterior mais de 95% da sua produção.