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Calçado com saldo positivo de 648 milhões

Calçado com saldo positivo de 648 milhões

15 Set, 2022

Portugal exportou, no primeiro semestre do ano, 40 milhões de pares de calçado, no valor de 957 milhões de euros.


Portugal exportou, no primeiro semestre do ano, 40 milhões de pares de calçado, no valor de 957 milhões de euros. No mesmo período importou calçado no valor de 309 milhões. Feitas as contas, a indústria portuguesa de calçado contribuiu com 648 milhões de euros para a balança comercial portuguesa. Um facto de relevo, que reforça a relevância da indústria portuguesa de calçado, se atendermos que o défice da balança comercial, é um dos problemas estruturais da economia portuguesa.  

Relativamente ao ano anterior, as exportações portuguesas de calçado aumentaram 22% e 27,5%, respetivamente em quantidade e valor. Trata-se do melhor desempenho de sempre do calçado português nos mercados externos, ultrapassando mesmo o máximo histórico de 2017.

De janeiro a junho, Portugal exportou mais de 95% da produção de calçado, para 170 países, nos cinco continentes.  
 
O calçado português está a crescer em praticamente todos os mercados mais relevantes. Na Europa, o crescimento ascende a 26,2%, com destaque para os crescimentos na Alemanha (mais 17% para 218 milhões de euros), França (mais 31% para 185 milhões de euros) e Países Baixos (mais 31,2% para 146 milhões de euros). De igual modo, continua o bom desempenho no Reino Unido: crescimento de 34% para 55 milhões de euros.

O maior destaque está, no entanto, relacionado com o crescimento do calçado português em mercados extracomunitários. Nos EUA, em particular, o crescimento é de 66% para 55 milhões de euros. Também no Canadá (mais 32% para 13 milhões de euros), e Japão (mais 45% para 5 milhões de euros) o calçado português está a registar uma excelente performance.  
 
Relativamente a 2019, o ano imediatamente anterior à pandemia, as exportações portuguesas de calçado estão a crescer 12,2%.

“Acreditamos que 2022 será um ano de forte afirmação do calçado português nos mercados externos”, considera Luís Onofre. “Os dados do primeiro semestre de 2022 confirmam que o calçado português fez, durante a pandemia, os trabalhos de casa e por isso está a ganhar terreno aos seus concorrentes mais diretos”. Importa, ainda assim, de acordo com o Presidente da APICCAPS, estar atento aos sinais exteriores. “Pandemia, Guerra na Ucrânia e Inflação são razões mais do que suficientes para estarmos cautelosos relativamente aos negócios”, apontou.
 
No horizonte empresarial perfilam-se algumas preocupações.  A Comissão Europeia reviu, recentemente, em alta as previsões para o crescimento do produto interno bruto (PIB) de Portugal para o corrente ano, de 5,8% para 6,5%, mas para 2023 as precisões são agora pouco otimistas:  crescimento de apenas 1,9%.

Já para a União Europeia, o mega-mercado de referência para a indústria portuguesa de calçado, as previsões da Comissão apontam para um crescimento do PIB de 2,7% em 2022, mantendo assim a projeção da primavera, mas de apenas e 1,5% em 2023, número igualmente revisto em baixa.

A Comissão admite que a “guerra de agressão da Rússia contra a Ucrânia continua a afetar negativamente a economia da UE, numa trajetória de menor crescimento e de inflação mais elevada em comparação com a previsão de Primavera”. Os riscos mantêm-se assim “elevados e dependentes da guerra”.

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