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Calçado consolida cluster para alargar mercados internacionais

Calçado consolida cluster para alargar mercados internacionais

8 Jan, 2025

Indústria portuguesa de calçado e artigos de pele quer ser uma grande referência internacional


A indústria portuguesa de calçado e artigos de pele quer ser uma grande referência internacional. Para isso, está a consolidar o cluster para chegar a novos mercados internacionais. Desde 20l0, de acordo com o INE, estabilizou o número de unidades industriais (menos 1,3% para 1577), recrutando novos colaboradores (mais 3% para 33 057) e aumentou a dimensão média das empresas (mais de 16% para 27 colaboradores, por empesa). Em resultado, as exportações do cluster aumentaram 61% para 222 milhões de euros.

O segmento com maior crescimento neste período foi o setor de artigos de pele. O emprego triplicou (foram contratadas mais de 3000 colaboradores para um total de 4063 no final de 2023) e as exportações atingiram um novo máximo histórico. Em 2023, o subsetor exportou 310 milhões que compara com os 42 em 2010 (crescimento superior a 600%), razão pela qual é cada vez mais procurado pelas marcas internacionais de referência. Em resultado, as principais marcas do setor

Desempenho igualmente relevante é o do subsetor de componentes para calçado. Foram ciadas 43 novas empresas (mais 18%) e 1 607 novos postos de trabalho (crescimento de 42). As exportações praticamente duplicaram neste período.

Também o setor mais revelante o cluster, o calçado, resistiu a uma década particularmente difícil, com a afirmação hegemónica dos produtos asiáticos, que representam 88% do negócio à escala mundial. O número de empresas recuou 6% para 1 171 e foram criados 925 postos de trabalho para 33 057. Em resultado, a dimensão media das empresas evoluiu para 28 por empresa. Já as exportações aumentaram 41,9% para 1839 milhões de euros.

“Uma das grandes vantagens comparativas da indústria portuguesa reside precisamente na sua capacidade de funciona em cluster. Num raio de 50 km quadrados do Porto, é possível encontrar empresas de calçado, de artigos de pele, têxtil, vestuário e até ourivesaria”, recorda Luis Onofre. Para o Presidente da APICCAPS, “muitos dos clientes da indústria portuguesa intervêm em vários segmentos da cadeia de moda, pelo que é importante aprofundar este trabalho em conjunto para abordar a um leque de clientes de maior valor acrescentado”.  “Por esse motivo, temos em custo um forte plano de investimentos ate final da década – 600 milhões de acordo com o Plano Estratégico”. Importa realçar que, nos últimos dez anos,” o cluster de calçado e artigos de pele diversificou estrategicamente o seu portfólio de exportações, com o objetivo de mitigar riscos e aproveitar novos mercados em crescimento”.

De acordo com Vasco Rodrigues “na última década e meia, para além das crises económicas e de saúde pública que afetaram todos os setores, o cluster português do calçado foi confrontado com um forte aumento da concorrência internacional, com o reduzido dinamismo dos seus grandes mercados europeus e com uma alteração profunda nas preferências dos consumidores”. De acordo com o coordenador do Plano Estratégico Cluster 2030, “apesar destas dificuldades, o cluster termina este período num patamar claramente superior àquele em que o iniciou, como o demonstram os números, fruto do trabalho dos seus empresários e das suas instituições”. “O momento atual é desafiante, mas o cluster tem em curso projetos de vulto – nomeadamente nos domínios da internacionalização da tecnologia e da sustentabilidade – para que no final da década se possa voltar a dizer o mesmo”, concluiu






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