Arranca esta semana o evento promocional em Seoul
Começa esta semana o evento promocional em Seoul organizado pela APICCAPS e AICEP e que contará com o apoio do Programa Compete2030. No total, 12 empresas portuguesas vão participar no Portuguese Shoes Showcase Seoul e apresentarão o melhor da oferta portuguesa.
A conquista de novos mercados de elevado potencial de crescimento é, desde há muito, uma prioridade estratégica para a indústria portuguesa de calçado. As exportações extracomunitárias representam atualmente 19% do total do setor, mais do dobro do registado uma década antes. O preço médio do calçado português exportado para a Coreia do Sul ascendeu, em 2023, a 66 euros, mais do dobro da média do setor.
De acordo com a Universidade Católica “mercados em crescimento oferecem melhores perspetivas de sucesso comercial”. A Católica admite que “o mercado potencial do calçado português é constituído pelos consumidores que têm um rendimento igual ou superior à média do PIB per capita dos países da OCDE em 2020, ou seja, cerca de 38 500 dólares”.
De acordo com a Universidade Católica “mercados em crescimento oferecem melhores perspetivas de sucesso comercial”. A Católica admite que “o mercado potencial do calçado português é constituído pelos consumidores que têm um rendimento igual ou superior à média do PIB per capita dos países da OCDE em 2020, ou seja, cerca de 38 500 dólares”.
Com base na informação disponível, estima-se que haja no mundo 145 cidades que albergam mais de 500 mil clientes potenciais, para o calçado português. Cerca de 2/3 dos investimentos do setor deverá centrar-se na Europa ou EUA, mas também há oportunidades identificadas na Coreia do Sul e no Japão.
De acordo com o Presidente da APICCAPS “é preciso reconhecer que o mercado internacional do calçado está em profunda transformação, passando por alterações nos hábitos de consumo, assim como na afirmação de novos modelos de negócio”. O grande imperativo do setor do calçado passa pelo “reforço muito substancial da presença nos mercados internacionais, para onde exportamos mais de 90% da nossa produção”.
No último ano, Portugal exportou 84 mil pares de calçado, no valor de 5.6 milhões de euros para o país asiático. Já de acordo com World Footwear Yearbook, em 2022, a Coreia do Sul importou 251 milhões de pares de calçado, em especial de China (quota de mercado de 71‰), Vietname (17‰) e Indonésia (7‰).
Com uma população de 52 milhões de pessoas, com um PIB per capita de 32 250 dólares (que compara com os 24 522 dólares de Portugal), a Coreia do Sul “merecerá uma avaliação mais atenta dos empresários portugueses”, de acordo com o Gabinete de Estudos da APICCAPS.
O fenómeno coreano
A Coreia do Sul despontou internacionalmente no universo da moda, beleza, cultura pop, muito especialmente junto das populações mais jovens.
O fenómeno coreano não é recente. No início do século, chegou a ser apelidado na China de Hallyu ou febre coreana. O cinema e as séries televisivas, o cinema e mesmo a música sul-coreana têm hoje adeptos em todo o mundo.
De acordo com Osvaldo Alencar Billig e Amanda Paiva da Silva no estudo “A expansão do hallyu: o uso da diplomacia cultural e seus impactos na economia sul-coreana”, este fenómeno “teve início nos anos 90 e começou a expandir-se nos anos 2000”, tendo como objetivo “melhorar a imagem da Coreia do Sul no exterior e, consequentemente, sua economia indiretamente e diretamente”.
O Governo de Seul privilegiou “a diplomacia cultural para criar uma marca da nação e mudar drasticamente a imagem do pai?s no exterior”, investindo por isso de forma muito particular no setor cultural. Importa recordar que a Coreia do Sul passou grande parte do século XX em regimes militares autoritários e só se democratizou em 1988. O país asiático é um bom exemplo internacional de smart power, combinando o poder político ao potencial económico. Gigantes coreanas como a Hyunday, Kia, LG e, principalmente, Samsung são exemplos disso.
O streetwear, quase omnipresente na moda da geração Z, também ganha público cativo na moda coreana. De acordo com a Business of Fashion, “o mercado sul-coreano prefere marcas locais, mas as marcas europeias vislumbram no país uma imensidão de oportunidades”. A Seoul Fashion Week cresce a cada edição e já é vista como uma das grandes semanas de moda fora do circuito principal de moda.
No último ano, Portugal exportou 84 mil pares de calçado, no valor de 5.6 milhões de euros para o país asiático. Já de acordo com World Footwear Yearbook, em 2022, a Coreia do Sul importou 251 milhões de pares de calçado, em especial de China (quota de mercado de 71‰), Vietname (17‰) e Indonésia (7‰).
Com uma população de 52 milhões de pessoas, com um PIB per capita de 32 250 dólares (que compara com os 24 522 dólares de Portugal), a Coreia do Sul “merecerá uma avaliação mais atenta dos empresários portugueses”, de acordo com o Gabinete de Estudos da APICCAPS.
O fenómeno coreano
A Coreia do Sul despontou internacionalmente no universo da moda, beleza, cultura pop, muito especialmente junto das populações mais jovens.
O fenómeno coreano não é recente. No início do século, chegou a ser apelidado na China de Hallyu ou febre coreana. O cinema e as séries televisivas, o cinema e mesmo a música sul-coreana têm hoje adeptos em todo o mundo.
De acordo com Osvaldo Alencar Billig e Amanda Paiva da Silva no estudo “A expansão do hallyu: o uso da diplomacia cultural e seus impactos na economia sul-coreana”, este fenómeno “teve início nos anos 90 e começou a expandir-se nos anos 2000”, tendo como objetivo “melhorar a imagem da Coreia do Sul no exterior e, consequentemente, sua economia indiretamente e diretamente”.
O Governo de Seul privilegiou “a diplomacia cultural para criar uma marca da nação e mudar drasticamente a imagem do pai?s no exterior”, investindo por isso de forma muito particular no setor cultural. Importa recordar que a Coreia do Sul passou grande parte do século XX em regimes militares autoritários e só se democratizou em 1988. O país asiático é um bom exemplo internacional de smart power, combinando o poder político ao potencial económico. Gigantes coreanas como a Hyunday, Kia, LG e, principalmente, Samsung são exemplos disso.
O streetwear, quase omnipresente na moda da geração Z, também ganha público cativo na moda coreana. De acordo com a Business of Fashion, “o mercado sul-coreano prefere marcas locais, mas as marcas europeias vislumbram no país uma imensidão de oportunidades”. A Seoul Fashion Week cresce a cada edição e já é vista como uma das grandes semanas de moda fora do circuito principal de moda.