APICCAPS promove exposição "Nada de perde, tudo se transforma"
“As conquistas do passado, não são garantias de futuro”, defende Luís Onofre. Para o Presidente da APICCAPS, “ainda que na última década o calçado português tenha tido um desempenho assinalável – excluindo o período da pandemia - nos mercados externos para onde exporta mais de 95% da sua produção, sentimos que os negócios mudaram e compete-nos investir numa indústria nova, para permanecer na vanguarda”. Este processo de afirmação do calçado português nos mercados externos “deve assentar na sofisticação e na criatividade da oferta portuguesa, ao nível dos biomateriais, dos ecoprodutos, dos processos digitais e ágeis, e dos novos modelos de negócio, permitindo apostar em segmentos de mercado em que a escolha se baseia mais na moda do que no preço”.
Os projetos
Em dois projetos distintos, mas complementares, enquadrados no PRR (Programa de Recuperação e Resiliência), APICCAPS e CTCP reuniram mais de 100 empresas, entre universidades, empresas e entidades do sistema científico e tecnológico e preparam uma nova década de crescimento nos mercados externos.
Já o projeto FAIST, terá um orçamento de 60 milhões de euros e pretende “aumentar o grau de especialização da indústria portuguesa de calçado para novas tipologias de produto” e potenciar “a capacidade de oferta das empresas portuguesas de calçado através do reforço da capacidade de fabricar médias e grandes encomendas, utilizando processos de montagem mais eficientes”, adianta Leandro de Melo.
“Se hoje as empresas portuguesas – explica - são reconhecidas pela sua capacidade de inovação, do fabrico de pequenas encomendas de modo eficiente ou pela flexibilidade, terão agora de otimizar processos e melhorar a eficiência, para assegurar novos ganhos de competitividade”.