Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2025
A indústria portuguesa de calçado, através do projeto Bioshoes4all, vai integrar, a convite da Associação Portuguesa do Ambiente (APA), o Fórum e Exposição Internacional de Cooperação Ambiental de Macau 2025 (2025MIECF), que se realiza de 27 a 29 de Março na Cotai Expo do The Venetian, em Macau.
Subordinado ao tema “Inovação e Desenvolvimento Verde”, o fórum pretende conectar parceiros internacionais, “no sentido de potenciar os novos modelos de negócios verdes e fomentar o desenvolvimento sustentável”. Enquanto plataforma internacional de intercâmbio e cooperação de proteção ambiental, o 2025MIECF reunirá especialistas da indústria do mundo para incentivar a cooperação e promover as oportunidades de negócio. O fórum contará com cinco zonas de exposição temáticas, “procurando expandir o investimento, impulsionar a procura e incentivar a transformação verde”. Destaque para a Zona de Exposição das Indústrias Verdes e Sustentáveis que procurará disponibilizará experiências interativas e demonstrações de novas tecnologias, com vista a valorizar a integração entre a proteção ambiental e a tecnologia e permitir aos visitantes experimentar tecnologias as mais recentes.
BioShoes4all
O setor do calçado marcará presença no MIEFC num espaço coletivo com os parceiros do setor têxtil e vestuário, no âmbito do projeto Beat, coordenado elo Citeve . “Trata-se de uma boa oportunidade de apresentar as mais recentes novidades do setor no âmbito do projeto Bioshoes4all”, adiantou Maria José Ferreira, do Centro Tecnológico.
Em termos práticos, é publico que “o Cluster do Calçado e Moda assume como visão ser referência internacional no desenvolvimento de soluções sustentáveis, reforçando as exportações portuguesas alicerçadas numa base produtiva nacional altamente competitiva, fundada no conhecimento e na inovação”. Determinante para a caracterização desses objetivos está o projeto Bioshoes4all. “Está completamente alinhado com os objetivos preconizados no Plano de Recuperação Económica de Portugal, envolve 70 parceiros e um investimento na ordem dos 60 milhões de euros”, recorda Maria José Ferreira.
A coordenadora do projeto recorda que o projeto está dividido em cinco pilares de intervenção (Biomateriais, Calçado Ecológico, Economia Circular, Tecnologias Avançadas de Produção e Capacitação e Promoção), e “tem a ambição de induzir uma mudança radical nos materiais, tecnologias, processos e produtos de calçado e marroquinaria, produzindo conhecimento e resultados além do atual estado da arte e prática, integráveis e valorizáveis economicamente, pelos copromotores e por todo o Cluster, contribuindo para promover a transição do Cluster para a Bioeconomia Sustentável e Circular”.
Já Paulo Gonçalves, da APICCAPS, lamenta que “90% da produção de calçado esteja concentrada em grandes players asiáticos”, uma vez que “é possível produzir na Europa calçado de qualidade, duradouro e a preços justos”. Para isso, “importa definir novos modelos de negócios que assentem “na sofisticação e na criatividade da oferta portuguesa, ao nível dos biomateriais, dos ecoprodutos, dos processos digitais e ágeis, e dos modelos de negócio sustentáveis, permitindo assim apostar em segmentos de mercado em que a escolha se baseia mais na moda e na tecnicidade do que no preço”. Neste sentido, “é essencial garantir uma base produtiva nacional resiliente para posicionamento no mercado internacional no qual a inovação, a diferenciação, a resposta rápida e eficaz, o serviço, a qualidade dos produtos, a capacitação e a promoção são argumentos competitivos que nos permitem ser superiores à concorrência”, destacou o porta-voz da APICCAPS, a Associação do Setor.