Até outubro, Portugal exportou 58 milhões de pares de calçado, no valor de 1.409 milhões de euros, o que significa um acréscimo de 9% face ao ano anterior.
“O ano de 2021 foi já, como se esperava, de recuperação do setor”, destaca Paulo Gonçalves. “Em vários mercados – continuou - foi já possível chegar a níveis anteriores aos da pandemia”. Ainda assim, de acordo com o porta-voz da APICCAPS “recuperação será mais lenta do que desejamos”, uma vez que “todos os indicadores, sugerem que o setor do calçado a nível internacional só recupere plenamente em 2023”. No caso português, “há a expectativa de que conseguimos atingir esse desiderato mais cedo, já em 2022”.
2022 promete
O setor do calçado sinais evidencia sinais animadores, animadores para 2022. “No entanto, continuamos muito dependentes de várias variáveis que não dominamos: a evolução da pandemia, o processo de vacinação e mesmo, recorrente destes últimos 18 meses loucos, do aumento dos custos das matérias-primas e mesmo as dificuldades ao nível do seu abastecimento”. “Capacidade de resposta integrada (dos materiais ao calçado final), pequenas séries, proposta criativa de valor, nomeadamente no domínio da sustentabilidade, são alguns dos principais argumentos que têm aumentado a procura pelas empresas portuguesas” concluiu o porta-voz da APICCAPS.
Componentes e artigos de pele
Também o setor de componentes para calçado e de artigos de pele terminaram o ano de 2021 em terreno positivo. No que se refere ao setor de componentes, as exportações cresceram até outubro 16% para 41 milhões de euros. Determinante para esse registo foram os acréscimos na Alemanha (mais 17,4% para 11 milhões de euros), Espanha (mais 18,8% para 6,7 milhões) e França (mais 7,5% para 6,5 milhões).
Já o setor de artigos de pele, continua a dar sinais de franco crescimento nos mercados externos. Nos dez primeiros meses de 2021, as exportações aumentaram 25,5% para 156 milhões de euros.