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Carminho protagoniza capa da nova Portuguese Soul

Carminho protagoniza capa da nova Portuguese Soul

13 Dez, 2023

Fadista na capa da nova Portuguese Soul


“A minha primeira casa de fados foi na barriga da minha mãe”. A frase é de Carminho. Ela é a protagonista da nova edição da Portuguese Soul, integralmente dedicada ao Legado.

“Poor Things”, Papa Francisco, Coldplay e um novo álbum. O ano de Carminho foi particularmente preenchido.

Se há algo que nos une enquanto portugueses é uma conexão umbilical ao fado. A nova Portuguese Soul explora “esta ligação quase inexplicável que nos faz sentir o fado como uma segunda pele que habitamos. E se Amália Rodrigues foi um dos nomes incontornáveis deste género musical tão nosso, a geração que se seguiu não deixa margens para dúvidas de que o seu legado está completamente assegurado”.

Carminho é uma das vozes desta geração, que olha para o fado com um novo olhar e com uma nova esperança. Carminho é a voz que entoa nos nossos sentidos, nos envolve e nos faz voltar a apaixonar, todos os dias, pelo fado.

A fadista fez parte do mais recente filme de Yorgos Lanthimos, “Poor Things”, interpretando o tema O Quarto, naquele que acredita ter sido um “dia feliz para o fado”. Numa entrevista à Portuguesa Soul, conduzida por Cláudia Pinto, com fotografia de Frederico Martins e styling de Cláudia Barros, Carminho sublinha que “o realizador escolheu Lisboa, o fado e a língua portuguesa para comunicar e para criar. Vê que este lugar é exótico e especial. Foi naturalmente importante para mim, para o fado e para Portugal. Devo muito à língua portuguesa”.
 
As raízes
“A minha mãe canta desde sempre. Mudamo-nos quando era muito nova para o Algarve e lá não existem casas de fado. Os meus pais começaram a fazer noites de fados em nossa casa…convidavam alguns amigos. Lembro-me de assistir a essas noites, bem novinha. Temos várias fotos com fadistas e com as guitarras e eu com 5 ou 6 anos”, recorda Carminho.

No início do ano, a fadista lançou o álbum A Portuguesa. Mas a pergunta impõe-se: porque a Portuguesa? “É a minha maneira de ver o mundo. É o olhar sobre a poesia, é a forma como eu encontro um lugar onde eu pertenço. Põe em causa a identidade. A identidade é algo abstrato. O que é sentires-te em casa? A língua portuguesa é falada em tantos lugares do mundo… eu acho que a língua e a identidade são lugares muito nómadas e volantes. Mesmo a tradição é uma definição muito abstrata. Não sabemos o que é tradição. A identidade não é global e instalada. A tradição não é uma coisa afinca. É algo que pertence a cada um de nós. O sentido de pertença é algo que nos assiste: pertencer a um lugar. O fado fez isso por mim, fez-me sentir pertença de um mundo e de um lugar. O fado tornou-se casa para mim".
 
O Legado
A Portuguese Soul é um projeto da APICCAPS e na voz do seu presidente, Luis Onofre, “um contributo para melhorar a imagem de Portugal no mundo”. Na edição de dezembro, que será distribuída nas próximas semanas em mais de 120 países, “retomamos a procura pelas nossas raízes, pela nossa própria essência, pelo nosso legado”.
 
Em termos práticos, “da moda à arquitetura, da literatura à gastronomia, passando por múltiplos outros quadrantes da nossa portugalidade, a génese da nossa cultura resulta de uma multiplicidade de influências variadas. Identificá-las ajuda, desde logo, a melhor compreender a história de um país com oito séculos de existência e que um dia, há cinco séculos, ousou, agigantou-se e, desse modo, reconfigurou a ideia do mundo”.
 

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