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Casamentos regressam e reanimam indústria

Casamentos regressam e reanimam indústria

27 Abr, 2021

Estão marcados 1500 casamentos para as próximas semanas


Estão marcados 1503 casamentos para as primeiras semanas pós-desconfinamento, ainda que lotação das festas de casamento esteja limitada a 25% da lotação até 2 de maio. Segundo avança o Jornal de Notícias, até 16 de maio estão marcados 1503 casamentos, 336 destes na primeira semana de desconfinamento do setor.

A indústria de casamentos foi uma das mais afetadas com a pandemia. Só em 2020, fruto das medidas de confinamento, o negócio dos casamentos teve uma quebra abruta da faturação, superior a 80%. Em setembro de 2020 tinham sido adiados 17 mil casamentos e as perspetivas apontavam para um ano de 2021 completamente cheio, a ultrapassar a barreira dos 50 mil casamentos. “A crise sanitária criou um cenário nunca antes visto, com mais de 90% da faturação perdida, numa indústria que movimentava quatro mil milhões de euros num ano”, refere o Movimento de Empresas do setor dos Casamentos (MESC).

Mas o avançar da pandemia tudo veio alterar. Os casamentos de 2020, adiados para 2021, estavam a ser remarcados para 2022, mas centenas de noivos decidiram aproveitar o levantamento das medidas de desconfinamento dos últimos dias para “dar o nó”. No entanto, com as limitações em vigor, as festas são muitos mais pequenas, impedindo as empresas do setor de atingir - para já - os valores do passado.

De acordo com o INE, o número de casamentos realizados em 2020 em Portugal desceu 43,1% (18.902) em relação a 2019 (33.272). Abril de 2020 foi o mês em que se realizaram menos matrimónios. Em relação a 2021, em janeiro realizaram-se 812 casamentos (menos 671 do que em janeiro de 2020), em fevereiro 420 (menos 1.017) e em março 748 (menos 287).

Mas a indústria de casamentos movimenta muitas e variadas áreas. Das quintas ao catering, das igrejas aos fotógrafos, dos vestidos e fatos ao calçado. Para a marca portuguesa andIwonder, especializada em calçado personalizado para noivas, o ano de 2020 representou uma quebra na faturação na ordem dos 70% .

Mas, ainda que 2020 tenha sido um ano de quebra, a marca de S. João da Madeira apostou no negócio online e no reforço do crowdfunding. “De facto, foram adiados milhares de casamentos. No entanto, adiar e não cancelar foi a motivação suficiente para fazermos tudo para subsistir. Para isso, essencialmente fizemos um crowdfunding internacional na Seedrs para fortalecer o nosso Capital e tornamos o nosso atendimento por Shoe Advisor 100% online. Esse permitiu-nos continuar a vender e até chegar a novas geografias”, diz Tiago Correia, CEO da marca.

O regresso dos casamentos é, também, uma oportunidade para o segmento de calçado clássico.

Clássicos que nunca saem de moda

Desde que os sneakers viram a luz da ribalta que nunca mais de lá saíram, ou melhor, as marcas nunca mais prescindiram deste produto que rapidamente se tornou um fenómeno. Um pouco por todo o mundo, a ascensão das sapatilhas foi rápida e total.
Dos sneakers ao calçado confortável foi um salto lento, mas certeiro. Mas que espaço fica para as marcas de calçado clássico? Estão ultrapassadas? Fernando Bastos Pereira acredita que não. “há sempre espaço para o clássico. Ainda que o street wear tenha chegado em força, as grandes marcas começam a encontrar um caminho intermédio, onde o tayloring ganha espaço”, diz o produtor de moda.

Para Portugal são boas notícias. O setor de calçado é especializado na produção de calçado em couro de alto valor acrescentado, e as exportações de calçado deste tipo representam a uma grande fatia das exportações do setor.

Mas que características lhe estão associadas? São intemporais e continuam a ser um ícone de classe. “Os sapatos clássicos são intemporais e têm sempre lugar no nosso guarda-roupa”, diz Paulo Ferreira da Paradigma. “Mas podemos e devemos incorporar nestes sapatos algumas tendências que vamos encontrando no mercado. Como por exemplo, leveza, conforto e design”.

“Acredito que o futuro será a coabitação entre clássicos e sneakers. Os sneakers não vão dominar na totalidade, uma vez que começaram a aparecer nos principais desfiles muitas propostas alternativas de calçado. Mas o conforto será determinante no futuro”.

E esta parece ser a grande tendência do momento, a junção do melhor dos dois mundos: elegância e conforto. “Podemos incorporar, por exemplo, solas em EVA, e palmilhas mais confortáveis que tornam o sapato uma junção de formalidade desportiva”, diz o responsável da Paradigma.

Ainda que os sneakers e o calçado de conforto sejam um segmento em ascensão, a verdade é que um sapato clássico nunca sai de moda.




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