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CIP: Metade das empresas considera novas medidas insuficientes

CIP: Metade das empresas considera novas medidas insuficientes

17 Nov, 2020

Resultados do projeto Sinais Vitais


Quase metade (49%) das empresas considera insuficientes as novas medidas anunciadas pelo Governo para combater a crise causada pela pandemia de covid-19. Os dados são do inquérito da Confederação Empresarial de Portugal (CIP), no âmbito do  “Projeto Sinais Vitais”. *

De acordo com o documento, as novas medidas para combater a pandemia são consideradas insuficientes por 49% dos empresários inquiridos, com 27% a considerarem-nas adequadas e 24% demasiado restritivas.

O inquérito diz respeito às medidas anunciadas até à realização do inquérito, que se realizou entre 06 e 11 de novembro, pelo que “não estarão refletidas na totalidade as restrições ao abrigo do novo estado de emergência” que entrou em vigor no dia 09, explicou Pedro Esteves, professor do ICSTE. Tal significa que as perspetivas dos empresários deverão piorar nos próximos tempos devido às novas restrições.

Os dados mostram, ainda, que a opinião das empresas sobre os apoios do Estado piorou, com 83% das empresas a afirmarem que estão “aquém ou muito aquém” do que necessitam, contra 77% no mês anterior.

“Quatro em cada cinco empresários consideram que as medidas de combate à crise económica estão aquém ou muito aquém do necessário, o que tem sido recorrente ao longo dos meses e que é muito preocupante”, disse o vice-presidente da CIP, Óscar Gaspar. “O Orçamento do Estado não é suficiente para resolver uma série de questões das empresas”.

Vendas
Em relação às vendas no mês de outubro, 61% das empresas inquiridas indicam uma queda face ao mesmo mês de 2019 (em média 39%), enquanto 27% mantiveram as vendas e 12% aumentaram (em média 25%).
No entanto, a pandemia levou a uma abertura a novos clientes, com 36% das empresas a registarem vendas a novos clientes em outubro face ao período homólogo.
Os novos clientes representam, em média, 15% das vendas de outubro, indica o documento.

Queda no volume de negócios
De acordo com o inquérito, 68% das empresas preveem uma queda do volume de vendas em média de 40% nos últimos dois meses de 2020 face ao período homólogo, enquanto apenas 10% preveem um crescimento de 20% em média.
“Estes valores pioraram este mês”, já que no mês anterior 60% das empresas previam uma diminuição de vendas, sublinha a CIP.

Mas também as expectativas quanto à evolução dos recursos humanos nos últimos dois meses do ano agravaram-se. Cerca de  21% das empresas a anteveem uma diminuição do número de trabalhadores (em média de 24% do número de efetivos), contra 17% no mês anterior.

Por outro lado, 75% das empresas esperam manter o número de trabalhadores até final do ano e 4% antecipam um aumento de 15%, em média.

Investimento
No que diz respeito ao investimento os dados também não são animadores. A expectativa quanto ao investimento piorou face ao mês anterior, com 46% dos empresários a preverem uma redução face a 2019, em média de 53%.

* O Projeto Sinais Vitais é desenvolvido pela CIP em parceria com o Marketing FutureCast Lab do ISCTE, e abrangeu 513 empresas, a maioria micro e pequenas empresas.

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