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Comércio Livre para o setor do calçado

Comércio Livre para o setor do calçado

24 Mai, 2018

Os representantes das associações internacionais de calçado e as câmaras da indústria dos cinco continentes assinaram uma declaração conjunta de apoio ao comércio livre e justo.

O acordo histórico foi assinado durante o terceiro Fórum Internacional de Calçado, realizado no Porto, por ocasião do 20º Congresso da UITIC. Para a APICCAPS, tendo em linha de conta que a indústria portuguesa de calçado exporta 95% da sua produção, para 152 países, nos cinco continentes, “esta declaração conjunta, de defesa do comércio livre, justo e equilibrado é de extrema relevância”. Importa, ainda, “combater todas as praticas que distorcem a concorrência”. 

Lançado pela CEC em 2015, o Fórum funciona como uma plataforma para trocar informações, considerar iniciativas comuns e abordar desafios emergentes, encontrando soluções colaborativas para trabalhar. Nesta visão, e à luz do aumento das medidas protecionistas em todo o mundo nos últimos anos, os participantes aprovaram uma declaração conjunta comprometendo-se a cooperar para o comércio livre e justo no setor de calçado.

Todos os países reconhecem que o protecionismo reduz o consumo, o investimento e as oportunidades de emprego, reduzindo consequentemente a competitividade e o crescimento das empresas de calçado. Nesse sentido, os signatários declararam firmemente a oposição a todo tipo de barreiras tarifárias e / ou não-tarifárias e pedem que os formuladores de políticas trabalhem no sentido de estabelecer condições equitativas para um mercado global aberto e justo, sem práticas de dumping e falsificação. A declaração expressa um compromisso de apoiar a consecução desse objetivo comum compartilhando informações e transmitindo esta posição aos respetivos governos nacionais.

Para Cleto Sagripanti “este é um dia importante para a indústria de calçado, pois acredito que é o começo de uma colaboração transparente e aberta entre os representantes dos cinco continentes para um comércio justo e livre”. O presidente da CEC acredita que  “a médio e longo prazo, os regimes protecionistas só podem contribuir para tornar as empresas mais frágeis. Numa economia e sociedade global em rápida evolução, governada por consumidores, as associações nacionais e os formuladores de políticas devem trabalhar em iniciativas conjuntas para garantir que as empresas possam beneficiar de oportunidades comerciais de um mercado aberto e justo”.


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