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Compradores internacionais valorizaram Calçado “made in Portugal”

Compradores internacionais valorizaram Calçado “made in Portugal”

18 Set, 2019

O défice de imagem do calçado português nos mercados internacionais parece, definitivamente, coisa do passado. Dezenas de compradores avaliaram, em prova cega, a qualidade do calçado de vários países: no final, valorizaram em 28% o calçado “made in Portugal”.

Com efeito, a imagem internacional do calçado português foi, mais uma vez, objeto de estudo na feira internacional de calçado MICAM, que decorreu em Milão, em fevereiro deste ano. Uma equipa da Católica Porto Business School deslocou-se a Milão para avaliar o contributo das ações de comunicação da APICCAPS para os ganhos de imagem do calçado português, a influência do país de origem na perceção de valor que os clientes estrangeiros têm do calçado português e ainda para identificar drivers de melhoria contínua para o setor.

Para avaliar o efeito do país de origem na perceção de valor do calçado português, foi realizada uma prova cega a 80 profissionais do setor de calçado, de 26 nacionalidades, selecionados aleatoriamente entre os visitantes da feira. A amostra era muito diversificada. Ainda que composta por uma maioria de retalhistas, incluía também grossistas e fabricantes de calçado e, ainda, agentes independentes, designers, estudantes de moda e, pontualmente, alguns clientes finais.

Nesta prova, os participantes foram chamados a valorizar determinados modelos de calçado, sem conhecer a respetiva origem produtiva. Revelada a identidade, considerando os modelos de calçado masculinos e femininos utilizados na prova, a informação de que o país de origem era Portugal aumentou em 28% o valor que os profissionais estavam dispostos a pagar face à situação em que não era fornecida informação sobre o local de produção. Trata-se de uma evolução positiva face a estudos análogos realizados no passado: no primeiro estudo deste género, em 2005, havia mesmo sido diagnosticado um défice de imagem na ordem dos 30%, que no entretanto foi minimizado em 2015.

Estes dados são, na ótica da APICCAPS, o resultado de décadas de investimento em promoção comercial externa, desde logo por parte das empresas, mas igualmente fruto da aposta institucional na melhoria da imagem colectiva do setor. Recorde-se que, em 2009, a Associação lançou uma campanha de imagem, com o objetivo de melhorar a imagem coletiva do calçado português e das suas empresas. Dez anos volvidos, as exportações do setor cresceram cerca de 50% (passaram de 1200 milhões de euros para mais de 1900 milhões no final do ano passado) e, no cluster, foram criados mais de 11 mil postos de trabalho.

De acordo com o Presidente da República as campanhas “foram arrojadas e mostraram ao mundo o que produzimos e fazemos de melhor, com qualidade, inovação e diferenciação. E quem compra sapatos portugueses reconhece e percebe essa energia nova dos empreendedores portugueses — que a campanha que dura ha? uma de?cada ajudou a tornar visível”. Já o Primeiro-Ministro considerou que se trata de uma indústria que “que se soube reinventar, juntando a inovação produtiva ao design, a qualidade do produto à promoção externa”.

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